Leilão - LIVROS

O Thalassa – Semanário humorístico e de caricaturas

Colecção deste importante periódico humorístico monárquico, do nº 1 ao

nº 99 de 6 de Março de 1913 a 7 de Maio de 1915, mais os 3 números

especiais, de 4 de Setembro de 1913, de 1 de Fevereiro de 1914,

dedicado a D. Carlos I, e de 1 de Fevereiro de 1915, ao Príncipe Real D.

Luís Filipe – estes dois últimos para assinalar o Regicídio de 1 de

Fevereiro de 1908. Foi fundado por Jorge Colaço, Severim de Azevedo

(Chrispim) e Alfredo Lamas. Além de Colaço, o principal ilustrador, O

Thalassa contou ainda com a colaboração do desenhador e caricaturista

“Alonso”, pseudónimo de Joaquim Guilherme Santos Silva.

Pontualmente, encontram-se as assinaturas de outros artistas, como João

Valério. Encadernados em capas editoriais, o que é muito raro. Em

excelente estado de conservação.

Reserva: 150€

Almanaque de O Zé para 1914.

Almanaque de O Zé para 1914 Humorístico, literário, Artístico e Anunciador, Lisboa, Edição da

Empresa do jornal O Zé, 216 páginas, muito ilustrado. Raríssimo almanaque de um dos mais

famosos jornais humorísticos do século XX, com inúmeras caricaturas referentes à República e aos

políticos republicanos, como Afonso Costa, António José de Almeida, Magalhães Lima, Brito

Camacho, etc. quase todas da autoria de Alfredo Cândido. Encadernado com capas de brochura

Reserva: 50€

Homenagem a D. Miguel I (1867)

Á Memória do Senhor Dom Miguel Primeiro deste Nome como Prova da sua Fidelidade e Amor. A

Nação Portuguesa levantou este eterno Monumento. Volume sem indicação do local de impressão,

tipografia e data. O editor foi Jorge Eugénio de Locio. Grosso volume com 520 páginas, de

homenagem a D, Miguel, recentemente falecido. Contém mensagens de condolências, artigos na

imprensa, descrição de exéquias celebradas, poemas etc. Ilustrado com um retrato de D. Miguel e

das exéquias celebradas na igreja da Graça. Exemplar de uma tiragem especial, em papel muito

encorpado e com grandes margens por aparar, com encadernação inteira dm pele, da época. Com

uma assinatura de posse de D. Tomás de Mello Breuner, conde de Mafra. Nestas condições

exemplar da maior raridade e peça de colecção.

Reserva: 50€

Testamento Político de D. Luís da Cunha

Testamento Político ou Carta Escrita pelo Grande Dom Luís da Cunha ao Senhor Rei D. José I,

Lisboa, Impressão Régia, 1820, m66 páginas. Com carimbos.Um dos textos mais importantes do

pensamento político português do século XVIII, em que o autor dirige uma série de reflexões ao

futuro rei D. José I. Circulou em cópias manuscritas, sendo esta a primeira edição impressa,

significativamente após a Revolução Liberal de 1820

Almanaque Legitimista (1872)

Almanaque Legitimista para 1873 2º Ano, Lisboa, Tipografia Soua & Filho, 1872, 104 páginas.

Raríssimo almanaque do Partido Miguelista, com um retrato de D. Miguel II.

Elogio de D. Pedro IV

Marquês de Resende, Elogio histórico do senhor rei D. Pedro IV recitado na Academia Real das

Ciências de Lisboa em sessão ordinária de 13 de Julho de 1836 e acompanhado de notas e peças

justificativas, Lisboa, Tipografia da Academia,1867, com [2], 191 páginas. Obra muito procurada e

apreciada pelas gravuras que contém sobre a vida de D. pedro e a Guerra Civil e que são as

seguintes:

Retrato de D. Pedro IV (necessita restauro).

Quarto do Paço de Queluz onde D. Pedro nasceu

Vista do cidade da Horta

Vista do Porto de Cherburgo

Vista do porto de Belle-Isle

Vista da cidade de ponta Delgada

Vista da Cidade de Angra do Heroísmo

Desembarque no Mindelo

Vista do Porto

Carta topográfica das Linha do Porto (desdobrável)

Vista da Serra do Pilar

Vista do Paço do Porto

Linhas de defesa da cidade de Lisboa (desdobrável)

Retrato de D. Pedro depois de morto

Quarto do Paço de Queluz onde D. Pedro morreu

Funeral em S. Vicente e For

Igreja da Lapa onde está o coração de D. Pedro

Bom exemplar, encadernado, com ocasionais manchas de humidade.

Reserva: 30€

Mnemósine Constitucional (1821)

Importante jornal liberal, do maior interesse para a História da Revolução Liberal nos seus

primeiros meses. Nº 1, de 1 de Janeiro a nº 153, de 30 de Junho de 1821. Foi seu editor Pedro

Alexandre Cravoé que foi obrigado a exilar-se em 1828, quando D. Miguel se tornou rei.

Encadernado em três volumes. Boas encadernações. Muito raro.

Reserva: 50€

O Xuão Semanário de Caricaturas (1908-1910)

Colecção deste importantíssimo jornal humorístico republicano, cujo nome evoca João Franco

(Xuão). Publicou-se em Lisboa, de 26 de Fevereiro de 1908 a 7 de Julho de 1910, num total de

123 números (incluído aqui o número único, de Fevereiro de 1908). O principal colaborador artístico

foi Silva e Sousa, Teve um importante papel na propaganda republicana e na preparação da queda

da Monarquia. Muito bem encadernado. Muito raro

Reserva: 150€

Folhetos contra Lagarde (1808)

- O Cão do Cego que fugiu para a Esquadra Inglesa com Medo do Lagarde e um Letrado sobre o

Assassínio de seu Amo feito pela Sentinela Francesa, Lisboa, Impressão Régia, 1808, 8 páginas.

- Representação dirigida ao Ex Intendente Lagarde, Lisboa, Tipografia Lacerdiana, 1808, 7

páginas.

- Carta escrita ao grande Lagarde ex-Intendente Geral da Polícia do Reino de Portugal, Lisboa,

Nova Oficina de João Rodrigues Neves, 1808, 14 páginas.

Raríssimos folhetos antifranceses dirigidos contra o Intendente Pierre Lagarde, chefe da Policia do

governo francês e responsável pela Gazeta de Lisboa. No seu edital de 9 de Abril, Lagarde proibia

a existência de cães vadios em Lisboa, verdadeiro flagelo, ordenando o seu abate bem como dos

gatos sem dono. Encadernados em conjunto.

Maçonaria (1839)

Discursos que na Solene Instalação da Respeitável Loja São João de Jerusalém com o título

distintivo de Firmeza e Valor ao Oriente de Lisboa, compôs e recitou o Irmão Licurgo, 5839 (139),

16 páginas. Raríssima publicação maçónica, dada a época da sua edição! Licurgo era o nome

simbólico de José Joaquim de Almeida Moura Coutinho (1801-1861), que foi Grão mestre do

Grande Oriente de Portugal entre 1853 e 1861 e membro do Supremo Conselho do grau 33º do

Rito Escocês desde 1842. Peça de colecção da maior raridade.

Reserva: 50€

Raro livro estrangeiro sobre Portugal (1828)

Narrative of the Imprisonment and Trial of William Young, Esq. H. P. British Service, late state

Prisoner in Portugal written by Himself comprising a View of the Present State of the Country under

Don Miguel, Londres, Henry Colburn, 1828, 352 páginas. Importante testemunho de um inglês,

prisioneiro em Portugal durante o reinado de D. Miguel, com numerosas referências aos usos e

costumes locais bem como à situação política. Encadernação da época.

Raríssima primeira edição; a segunda é de 1833, a única existente na Biblioteca Nacional. Do

mesmo modo, na Livraria Duarte de Sousa, também só existe esta segunda edição (nº 804).

Reserva: 80€

Silvestre Pinheiro Ferreira

Quatro obras deste importante pensador e político português:

- Principes du Droit Public constitucionnel administratif et de Gents ou Manuel du Citoyen, Paris,

1834.

- Manual do Cidadão em um Governo representativo ou Princípios de Direito Público constitucional

Administrativo e da Gentes, Tomo II Direito -Administrativo e as Gentes, Paris, Oficina Tipográfica

de Casimir, 1834,

- Manual do Cidadão em um Governo representativo ou princípios de Direito Constitucional

Administrativo e das Gentes. Tomo III Projecto de Código geral, Paris, Rey e Gravier, 1834.

- Projecto de um Banco e Socorros e Seguro Mútuo, Paris, Rey et Gravierm 1836

O primeiro recenseamento em Portugal (1527)

João Tello de Magalhães Colaço, Cadastro da População do Reino (1527). Actas das Comarcas

Damtre Tejo e Odiana e da Beira. Empresa Nacional de Publicidade. Lisboa 1929. De 26x19 cm.

Com 223 páginas. Brochado. Exemplar por abrir. Muito invulgar.

A Revolução de 1820 vista de Espanha

Gaceta del Gobierno, Madrid. Números 66, de 2 de Setembro a 188 de 31 de Dezembro de 1820.

Conjunto seguido do órgão oficial da Corte espanhola, com numerosas referências à situação

portuguesa após o pronunciamento do Porto de 14 de Agosto de 1820. Encadernado. Muito raro.

Os Meus Cadernos – revista integralista (1913-1916)

Colecção completa da 1ª série, a mais importante, desta publicação do padre Amadeu de

Vasconcelos (Mariotte), uma das revistas das fundadoras do Integralismo Lusitano juntamente

com a Nação Portuguesa. Colecção completa com os seus 48 números, encadernados em 2

volumes. Sairá em 1923 a 1925 uma segunda série, de menor dimensão, com 13 números.

Reserva: 50€

Pontos nos ii (1885-1891)

Uma das publicações mais importantes de Rafael Bordalo Pinheiro. Semanário humorístico dirigido

e ilustrado por Rafael, segue-se à suspensão do António Maria (12 de Junho de 1884 a 21 de

Janeiro 1885). O número programa saiu a 7 de Maio de 1885. Esta nossa colecção compreende

esse número e todos atá ao 292, de 29 e Janeiro de 1891. Saiu ainda um número em Fevereiro

de 1891 com o título «Gloria aos vencidos!», um verdadeiro manifesto republicano sobre a falhada

revolta do Porto que Pontos nos ii acolhe nas suas páginas e que foi apreendido, pelo que é muito

raro, sendo no seu o semanário é suspenso. Colecção muito difícil de reunir, assim tão completa.

Repositório fundamental para a História de Portugal nessa época conturbada, vista pela pena

magistral de Rafael Bordalo Pinheiro Encadernada em 6 volumes.

Reserva: 150€

História de Portugal publicada em França (1827)

Alphonse Rabb, Résumé de l’Histoire de Portugal depuis les Premiers Temps de la Monarquie

jusqu’en 1823, Com uma introdução de R. T. Chatelains, Paris, Lecointre et Durei, 1827, 467

páginas, 440 páginas.

Muito curiosa História de Portugal procurada para as colecções de livros estrangeiros sobre

Portugal. A 1ª edição é de 1824. Na Colecção Duarte de Sousa, a mais importante da

espacialidade, só existe esta 3ª edição, ampliada, pois tem 467 páginas contra as 440 da 1ª

edição. Veja-se Catálogo da Livraria Duarte de Sousa séculos XIX e XX, página 137

Crise académica de 1969 em Coimbra.

Colecção completa dos «textos para discussão», publicados pelo Departamento de Imprensa da

Associação Académica de Coimbra. Entre Maio e Julho de 1969.

1. Textos para Discussão

2. 2. Democratização do Ensino

3. Exames I

4. Legislação circum-escolar (diplomas legais)

5. 5. Origem socioeconómica e posição social do estudante

6. Educação e Desenvolvimento económico

7. Universidade em foco. Depoimentos de Antero de Quental, António José de Almeida, António

José Saraiva, Bernardino Machado, Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão.

8. Legislação disciplinar

9. Cinema, Televisão e Ensino

10. Pata a Construção de uma verdadeira Cultura Nacional. Depõe Vicytor de Sá.

Conjunto raro e difícil de reunir, assim completo

Um História de Portugal publicada em França (1854)

Auguste Bouchot, Histoire du Portugal et de ses Colonies, Paris, Librairie de L. Hachette, 1854, 470

páginas, com um mapa e plantas e Lisboa Porto. Catálogo da Livraria Duarte de Sousa, nº 89.

Bom exemplar, com encadernação da época. Invulgar

Guerra Peninsular

A Guerra da Península 1808-1814: Estudo Estratégico das suas Diferentes Campanhas explicado

em lições aos Alunos do Real Colégio Militar de Sandhurst pelo capitão C. W. Robinson; tradução

do Inglês por J. Mathias Nunes, capitão de artilharia. Lisboa: Tipografia de Matos Moreira &

Cardosos, 1883, 230, [2] páginas. Apreciada e procurada História da Guerra Peninsular

originalmente publicada em inglês, muito útil pela forma como aborda as diversas campanhas

numa perpectiva didáctica e clara. Encadernada conservando as capas de brochura. Com

dedicatória do tradutor. Muito invulgar

A Besta Esfolada (1828-1829)

Colecção completa desta importante publicação periódica miguelista (26 números publicados), da

responsabilidade do padre José Agostinho de Macedo. De cariz profundamente antiliberal e

antimaçónica. Raro quando completo. Encadernação a época

História de Portugal publicada na Bélgica (1841)

Esssai sur L´ Histoire Du Portugal depuis la Fondation de la Monarchie jusq’a la Mort de D. Pèdre IV

(1080-1834), Par J.M. Chaumeil de Stella et Auguste de Santeul, Bruxelas, NJ Gregoir, V Wouters

et Cia, 1841, 2 volumes com 203 e 20a páginas, com os retratos D. Pedro IV e de e D. Maria II).

Encadernados em um volume. Algumas manchas de humidade. Catálogo da Livraria Duarte de

Sousa séculos XIX e XX, p. 157.

Muito invulgar

Para completar a colecção do Português Constitucional em Londres (1832)

O Inominado para escapar aos Chocalheiros, Opúsculo destinado a completar as assinaturas do

Português Constitucional em Londres, Londres, Greenlaw, 1832, 33 páginas. Raríssima publicação

anónima, cujo autor foi Paulo Midosi, responsável pela edição de O Constitucional Português em

Londres. Este periódico foi publicado naquela cidade por emigrados liberais portugueses em 1832

(13 números). Obrigado a suspender a publicação por pressão das autoridades, Paulo Misodi

publicou O Inominado para completar a assinatura do jornal e para explicar o processo que levou

ao seu fim. Naturalmente da maior raridade e importante para a história da emigração liberal em

Inglaterra. Bem encadernado

Um romance pioneiro sobre a homossexualidade em Portugal

Alfredo Gallis, O Senhor Ganimedes (Psicologia de um Efebo), Lisboa, Livraria Central Editora, sem

data, 174 páginas. Curioso romance da autoria de Alfredo Gallis (1859-1910), o mais prolífero

autor de obras eróticas e pornográficas dos finais do século XIX e início do seguinte. O Senhor

Ganimedes foi publicado em 1906, inspirado pelo chamado «caso Trombeta», dois rapazes que

desapareceram em 1886 e foram encontrados na Rua da Trombeta onde eram obrigados a prestar

serviços sexuais a homens de negócio. Este romance sensacionalista que conta a história de uma

viúva rica que casa com um amigo de infância que cresceu para se transformar num caçador de

fortunas, mas que não consegue consumar o casamento. Descobre-se que é um homossexual que

se trasveste e que tem um amante masculino. No prefácio, o autor afirma que deseja prevenir as

raparigas inocentes e as suas famílias contra os perigos do casamento com homossexuais

mercenários. O romance termina com a viúva encontrando finalmente satisfação sexual com o

oficial do Exército que expôs o marido, que cai nos braços do seu amante exclamando «Enfim, livre

e só teu!»

Moçambique – guerra de 1894

Eduardo de Noronha, A Rebelião dos Indígenas de Lourenço Marques, Lisboa, Tipografia do jornal

O Dia, 1894, 110 páginas. José Eduardo Alves de Noronha, militar de carreira, esteve em

Moçambique durante quinze anos (1879-1894) e participou em várias campanhas nomeadamente,

Matibane, Zambézia, Chirinda e na defesa de Lourenço Marques contra as investidas do régulo

Zixaxa (1894), de que trata este raro e procurado livro.

Um clássico do pensamento contrarrevolucionário (1823)

Faustino José da Madre de Deus,

- A Constituição de 1822 comentada e desenvolvida na prática, Lisboa, Tipografia Maigrense,

1823,m 166 páginas. Análise crítica demolidora da nossa primeira Constituição, pela pena de um

dos mais importantes autores absolutistas da época. Muito invulgar. Bem encadernada.

- O Combate dedicado ao Sereníssimo Senhor D. Miguel Infante de Portugal ou a Declaração e

Protesto das Cortes Extraordinárias combatido por Faustino José da Madre de Deus, Lisboa,

Tipografia de António Rodrigues Galhardo, 1823, 61 páginas.

- O Combate dedicado ao Sereníssimo Senhor D. Miguel Infante de Portugal ou a Declaração e

Protesto das Cortes Extraordinárias combatido por Faustino José da Madre de Deus, 2ª edição,

Lisboa, Imprensa da Rua dos Fanqueiros, 1824, 60 páginas.

Livros infantis

- Maria Benedita Mouzinho de Albuquerque Pinho, Conto e Natal, Lisboa, Lusitânia, 1922, 31

páginas. Capa e ilustrações de Mily Possoz. Raro.

- Alice Ogando, Cinco Brancos e um Preto, Lisboa, Editorial O Século, 1948. Ilustrado por Bernardo

Bento. Este conto deu origem a uma série de 21 volumes publicados a partir de 1961. A própria

Alice Ogando deve ter proposto utilizar personagens inspirados no seu livro de 1948. Tratava-se

das aventuras de seis crianças e um cão em que o facto de uma das crianças ser negra se inseria

na propaganda de multirracialidade do regime.

- Mário Sacramenta, O Boi Ápis. Conto inédito, Coimbra, Ateneu de Coimbra, 1971, 8 páginas, com

ilustrações de Leonor Praça. Muito invulgar

A Razão como Lei Universal (1824)

Henrique José de Castro, A verdadeira razão demonstrada como lei universal e base firme e única

de um perfeito Contrato Social, em vinte e duas Cartas, Lisboa, Impressão Régia, Parte Primeira,

(183 páginas), Parte II (230 páginas). Completa em dois volumes com belas encadernações da

época. Obra que si insere no debate sobre o modelo político após a Revolução de 1820. O autor

foi doutor em Teologia pela Universidade de Coimbra e censor régio. Eclesiástico, recusou por

várias vezes o episcopado. Obra muito invulgar.

Etnografia do Alentejo

- Victor Santos, Cancioneiro Alentejano, Lisboa, Grémio Alentejano, 233 páginas.

- Eurico Gama, Abegão. Estudo Linguístico, Elvas, 1963, 39 páginas. Com dedicatória do autor.

- Eurico Gama, Ao Rabisco…, Lisboa, Revista de Portugal, 1965, 43 páginas.

- Capela e Silva, A Linguagem rústica no Concelho de Elvas, Lisboa, Revista de Portugal, 1947, 210

páginas. Ilustrado.

- Alexandre de Carvalho Costa, Curiosidades do Falar popular do Alto Alentejo, Portalegre, 1963,

96 páginas

José Daniel Rodrigues da Costa

- Assim vai o Mundo, Lisboa, Na Oficina de Joaquim Rodrigues de Andrade, 1811, 39 páginas.

- A Verdade exposta a Sua Majestade o Senhor D. João VI. Epistola, Lisboa, Na Impressão Régia,

1820, 24 páginas.

- Papéis contra Papéis ou Queixas de Apolo para Açoite de maus Poetas, Lisboa, Na Oficina de

Simão Tadeu Ferreira, 1820, 24 páginas.

- O Prazer dos Lusitanos na Regeneração da sua Pátria, Lisboa, Na impressão Régia, 1820, 14

páginas.

José Daniel Rodrigues da Costa era natural de Leiria, onde nasceu a 31 de Outubro de 1757.

Sabendo moldar-se às circunstâncias políticas do tempo, escreveu sucessivamente a favor das

ideias liberais (caso de três destas obras) e do governo absoluto. D. Miguel concedeu-lhe uma

pensão anual que pouco tempo desfrutou, falecendo a 7 de Outubro de 1832. As suas obras eram

muito procuradas e ainda hoje há coleccionadores dos seus numerosos escritos. Muito invulgares.

Anselmo José Bramncaamp (1885)

Luís da Cunha de Mancelos, Elogio Histórico de Anselmo José Braamcamp Falecido em XIII de

Novembro de MDCCCLXXXV [1885], Lisboa, Tipografia Ocidental. Porto. 1887, 91 páginas.

Encadernação do editor.

Tiragem especial de 220 exemplares (exemplar nº 11 pertencente a Luís Cabral de Moncada).

Ilustrado com o retrato de Anselmo José Braamcamp em anterrosto e um diagrama genealógico

da família do mesmo.

Obra impressa a duas cores, sobre papel creme (com marca de água J. M. Aussedat Annecy) com

belas capitais decorativas.

Reynaldo dos Santos

Duas obras:

- O Estilo Manuelino, Lisboa, Impresso na Oficinas Gráficas Bertrand, Lda. Academia Nacional de

Belas Artes, 1952. Com 67 páginas. Ilustrado com 119 estampas em extratexto em papel couché.

Obra ainda hoje de grande utilidade.

- L’ Art Portugaise, VIe Congrés International d'Histoire de L'Art. Gravures d'après les photographies

du Musée d'Art Ancien, Marques Abreu, Mário de Novais, A. Moreira et Germain Bazin. Academia

Nacional de Belas Artes. Lisbonne – Porto, 1949, Com 109, [xxx] páginas. Brochado. Ilustrado em

extratexto reproduzindo fotogravuras representando peças de arte portuguesas. Síntese sobre a

arte portuguesa dos séculos XIII a XVIII, por ocasião do 16.º Congresso Internacional de História

de Arte, sobre arquitectura, escultura e pintura, com um capítulo referente às artes menores, com

colaboração de Matos Sequeira.

Os Heróis de 1820

Colecção completa desta publicação em 13 fascículos pela Tipografia Minerva Central, de Lisboa,

com as biografias e retratos dos principais mentores da Revolução Liberal de 1820. Sem data,

devem ser do último quartel do século XIX. Os biografados são: nº1, Manoel Fernandes Thomaz;

nº2, José Ferreira Borges; nº3, Fr. Francisco de São Luiz; nº4, José Pereira da Silva Leite de

Berredo; nº5, José Maria Lopes Carneiro; nº6, Sebastião Drago Valente de Brito Cabreira; nº7, José

Maria Xavier d’Araújo; nº8, Duarte Lessa; nº9, Bernardo Corrêa de Castro e Sepúlveda; nº10, José

da Silva Carvalho; nº11, José Joaquim Ferreira de Moura; nº12, Domingos António Gil de

Figueiredo Sarmento; nº 13, António da Silveira Pinto da Fonseca. Com pequenos restauros na

capa do nº 1. Bem encadernado. Rara e valiosa

Coimbra - Partido Republicano (1898)

Quatro raras publicações de polémica entre estudantes republicanos – -

- Alexandre Braga e António Macieira – serão figuras de proa da República:

- António Macieira, Uma Execução, Coimbra, Tipografia Minerva Central, 1898, 26 páginas.

~António Macieira, A Alma Penada. Relembrando (a propósito dos insultos). Eu e o Grupo

Republicano, Coimbra, Tipografia Minerva Central, 1898, 50 páginas.

- Alexandre Braga, No regresso da Festa, Coimbra, Tipografia Minerva Central, 1898, 24 páginas.

- Alexandre Braga, Palavras de um Ressuscitado (Relembrando. A propósito dos Insultos),

Coimbra, Tipografia Minerva Central, 1898, 48 páginas.

Muito raras e importantes para a História do republicanismo em Coimbra

Proibição da Maçonaria (1935)

- Carta do general Norton de Matos, Grão mestre do Grande Oriente Lusitano Unido, datada de 31

de Janeiro de 1935, ao Doutor José Alberto os Reis, presidente da Assembleia Nacional,

argumentando contra a projectada proibição da Maçonaria. Exemplar copiografado, com 4 páginas,

edição original e única feita na época, para distribuição nas Lojas Maçónicas.

- Circular do Grande Oriente Lusitano Unido a todas as Lojas, datada de 9 de Fevereiro de 1935,

dando conta da diligência para entrega da careta, e da recusa do Doutor José Alberto dos Reis em

recebê-la. Exemplar copiografado, com duas páginas, tendo no final o carimbo do Grande Oriente.

Peças históricas da maior raridade e importantes para a História do processo de proibição da

Maçonaria

Polémica sobre o liberalismo (1822)

Cartas de Ambrósio Canha no lugar de Portela, a um seu Ilustre Compadre residente em Lisboa,

Porto, Tipografia da Viúva Alvarez Ribeiro & Filhos, 1822, 64 páginas. Publicação de autor

desconhecido, que se insere na discussão em torno do modelo liberal a adotar. Invulgar opúsculo

constituído por VIII Cartas de Ambrósio Canha, [datadas de Minha Casa da Portella (entre 10 de

Março a 26 de Maio de 1822)], Muito invulgar,