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Lote - Philippus Prudens, Caroli V. Imp. filius, Lusitaniae, Indiae, Brasiliae legitimus rex demonstratus (1639)

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LIVROS

Philippus Prudens, Caroli V. Imp. filius, Lusitaniae, Indiae, Brasiliae legitimus rex demonstratus (1639)

Por Juan Caramuel Lobkowitz

Ex Officina Plantiniana Balthasaris Moreti. Antwerp.1639

In 4 ° de XVI-430-XIII págs. Ilust. E.

Ilustrado com 28 gravuras das quais três são alegóricas , e vinte e cinco são retratos dos reis e príncipes

portugueses.

Obra monumental em que Caramuel Lobkowitz “procura demonstrar a legitimidade, a vários títulos, de

Filipe II como rei de Portugal e dos Algarves, em 1580. A vários títulos, porque não se restringe à

argumentação referente ao melhor direito e à melhor linha sucessória em relação a D. Manuel. Ela é, até,

considerada secundária. Com efeito, Caramuel procura ao longo de mais de 400 páginas do “Philippus”,

demonstrar, em última análise, que Felipe II é o legítimo detentor de Portugal enquanto herdeiro dos reis de

Leão, e que a sua intervenção em 1580 se justificou a título de recuperação de um reino que lhe era devido

aos seus antepassados. O argumento consiste em que a aclamação de D. Afonso Henriques não passou de

um acto de rebelião contra o seu soberano legítimo, o Rei de Leão. Assim, ainda que Felipe II não tivesse,

em 1580, direito à posse do reino, enquanto herdeiro dos reis de Leão, legítimos detentores do reino de

Portugal, que deles tinha sido ilegitimamente subtraído. A Partir deste argumento principal, Caramuel

demonstra, através de uma série de concessões, que mesmo no caso de que D. Afonso Henriques tivesse

sido rei legítimo, ainda assim Filipe II e os seus sucessores seriam sempre os legítimos possuidores do

reino de Portugal. Os pressupostos são claros, através da leitura do titulo de cada uma das partes em que

se divide a obra(…)” in André Simões. “O Leão e o Dragão no imaginário da restauração”.

Pouco tempo depois da publicação desta obra deu-se a revolução de 1 de Dezembro de 1640, entretanto

sucederam-se reacções ,como o “Manifesto do Reyno de Portugal” de Pais Viegas em 1641, o “Juan

Caramuel Lobokowitz…convencido” de António Sousa de Macedo em 1642 , bem como a sua “Lusitania

Liberata” publicado em Londres em 1645.

Exemplar com ligeiras manchas marginais, completo com as 28 gravuras.

Encadernação cartonada não contemporânea. Raro.

Vendido por 640.00 EUR

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