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Lote - Vestigios da Lingoa Arabica em Portugal (1830)

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LIVROS

Vestigios da Lingoa Arabica em Portugal (1830)

Por Fr. João de Sousa e Fr. José de Santo António Moura

Vestigios da Lingoa Arabica em Portugal ou Lexicon Etymologico das palavras, e nomes portuguezes, que

tem origem arabica, composto por ordem da Academia Real das Sciencias de Lisboa, por Fr. João de Sousa,

Socio da dita Academia, e Interprete de S. Magestade para a Lingua Arabica; e augmentado e annotado

por Fr. Joze de Santo Antonio Moura, socio da predita Academia, Official da Secretaria de Estado dos

Negócios Estrangeiros, e Interprete Regio da referida Lingua. Lisboa na Tyipographia da mesma Academia.

1830. In-4º ,13x18,5 cm, com [4], XVI, 204 págs. E.

O prólogo é constituído por um artigo extraído das actas da Academia Real das Ciências, da sessão de 18

de Janeiro de 1827. As últimas páginas não numeradas contêm um catálogo do editor. Esta é a segunda

edição da obra, com aumentos e anotações por José de Santo António Moura. A primeira foi publicada em

1789.

Obra pioneira na recolha e no estudo da influência árabe no léxico português. Cada entrada compõe-se do

léxico em português, seguido da palavra que lhe dá origem, em caligrafia árabe e na respectiva

transliteração para o alfabeto latino. Segue-se então uma breve nota com explicações da alteração

fonética, do seu significado em português, derivações dos verbos e dos advérbios em caligrafia árabe; com

base em notáveis autores clássicos de dicionários e compêndios etimológicos. Embora aquelas que se

iniciam pelo prefixo «al» predominem a obra, esta apresenta muitas outras, passando por todas as letras

do alfabeto e, embora algumas sejam já autênticos arcaísmos, é ainda possível encontrar palavras

completamente atuais como: ladrão, maluco, papagaio, modelo, regueifa ou taça. Dentro do vocabulário

alfarrabista, além da palavra alfarrábio, temos também as palavras coifa e tarja.

Frei João de Sousa (Damasco, 1735 - Setúbal, 1812) foi um célebre arabista, que veio para Lisboa em

1750. Obteve protecção e auxílio de João de Saldanha de Oliveira e Sousa, morgado de Oliveira, que foi

depois 1.º conde de Rio Maior, do qual adotou o apelido. Foi pelo Governo empregado duas vezes em

missões diplomáticas: a primeira como secretário e intérprete de uma embaixada a Marrocos nos anos de

1773 e 1774; a segunda em comissão a Argel, nos de 1786 a 1789. Foi também nomeado Oficial da

Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha em 1792, e Professor da cadeira de língua arábica em

Lisboa, em 1794, sucedendo neste cargo a Frei António Baptista Abrantes. Sócio livre da Academia Real

das Ciências de Lisboa.

Inocêncio IV, 41; X, 357; arqnet - Dicionário Histórico.

Encadernação inteira de pele com ligeiras imperfeições na pasta superior.

Vendido por 85.00 EUR

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