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Lote - Portugal Futurista - Primeira Edição

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Leilão: 4226 | Lote: 131615 | Licitações: 37

LIVROS

Portugal Futurista - Primeira Edição

Portugal Futurista —Publicação Eventual

Diretor e fundador: Carlo Filipe Porfírio.

Editor: S. Ferreira.

Lisboa, novembro de 1917.

In-fólio com 44 páginas, incluindo a capa, ilustrado com 8 reproduções fotográficas a preto integradas no

texto. Capas de brochura impressas a vermelho, sem restauros.

Fantástica encadernação em pele vermelha e verde, com reprodução das letras das capas a ouro fino.

Algumas manchas no papel devidas à qualidade do mesmo.

Único número publicado da mais rara e importante publicação futurista portuguesa.

Embora dirigido oficialmente por Carlo Filipe Porfírio e S. Ferreira, o Portugal Futurista nasceu da

colaboração dos principais nomes do modernismo português, nomeadamente José de Almada Negreiros,

Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro, antigos colaboradores da revista Orpheu.

A publicação reúne estudos ilustrados dedicados aos pintores futuristas portugueses Santa-Rita Pintor e

Amadeo de Souza-Cardoso, bem como textos fundamentais do movimento. Destaca-se a publicação da

Primeira Conferência Futurista (abril de 1917), proferida por Almada Negreiros, acompanhada do seu

retrato, e do célebre Ultimatum de Fernando Pessoa, assinado sob o heterónimo Álvaro de Campos.

O conteúdo inclui ainda poemas de Guillaume Apollinaire e Blaise Cendrars, enviados por Sonia Delaunay,

que privara com Amadeo de Souza-Cardoso em Paris; colagens textuais; manifestos futuristas italianos de

Marinetti, Boccioni e Carrà; o Manifesto da Luxúria de Valentine de Saint-Point; e poemas de Pessoa e Sá-

Carneiro.

Lançado num contexto político conturbado, pouco antes da ascensão de Sidónio Pais ao poder em

dezembro de 1917, o Portugal Futurista foi imediatamente censurado e toda a tiragem foi apreendida pela

polícia à saída da tipografia, razão pela qual os exemplares conhecidos serem de extrema raridade.

A morte prematura de Santa-Rita Pintor e Amadeo de Souza-Cardoso ditou o fim precoce do futurismo

português. Apenas Almada Negreiros continuaria a reivindicar esta filiação artística até à década de 1930.

Referências:

Futurismo & Futurismi, Milão, 1986

J. A. França, A Arte em Portugal no Século XX, 1991, pp. 51–75

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