Leilão - LIVROS, MANUSCRITOS E EROTISMO

Invasões Francesas – Minerva Lusitana, o 1º jornal de Coimbra (1808)

Minerva Lusitana, de 11 de Julho de 1808, ao nº 123, de 30 de Julho de

1809. Notável conjunto deste raríssimo e importante periódico antifrancês,

o primeiro jornal publicado em Coimbra, dirigido por Joaquim Navarro de

Andrade e por Luís Conceição de Maria. Fundamental para o estudo da I

Invasão francesa, porque começou a ser publicado ainda com a presença

dos invasores em território nacional. Encadernado em dois volumes. Ver A.

E. Maia do Amaral, Tesouros da Biblioteca Geral da Universidade de

Coimbra, 2010, p. 91.

Reserva: 150€

Colecção da publicação periódica miguelista Aí vem o Papão

(...) ou advertência política sobre uma intentada agressão contra Portugal

(1831-1832). Nºs 1 a 7, Dezembro de 1831 a 16 de Abril de 1832, impressos

na Impressão Régia de Lisboa. Raríssima publicação atribuída a José Luís

Pinto de Queirós. Na Biblioteca Nacional não existe o nº 7.

Reserva: 50€

Rara obra do Cardeal Saraiva sobre Camões

Apologia de Camões contra as Reflexões críticas do Padre José Agostinho de

Macedo, Santiago, Na Oficina de D. Juan Moldes, 1818, 64 páginas. Primeira

e rara edição desta obra de Frei Francisco de S. Luís, futuro Cardeal Saraiva,

destacado liberal e maçon, futuro Patriarca de Lisboa, em defesa de Camões.

Impresso em Santiago de Compostela. Saiu anónima.

Reserva: 50€

Napoleão e o Inferno

Três folhetos anti napoleónicos sobre temática infernal.

Perfídia ou Política Infernal diálogo entre Lúcifer e Bonaparte, Lisboa,

Tipografia Lacerdiana, 1808, 14 páginas. Proclamação do Inferno contra o

Imperador dos Franceses, Lisboa, Na Impressão Régia, 15 páginas. Jornada de

Bonaparte para o Inferno, Lisboa, na Impressão Régia, 1809, 19 páginas.

Folhetos muito raros, em especial o último, um dos raros folhetos anti

napoleónicos ilustrados.

O Hissope, de Cruz e Silva

Rara edição francesa do poema herói cómico O Hissope, de José Diniz da Cruz

e Silva. Goupoillon, Poème Héroi-Comique Paris, Verdete t Lequien Fils, 1828,

202 páginas.

Edição portuguesa de um clássico do erotismo

Afrodite, de Pierre Louys, Lisboa, Tipografia Lusitano Editora, 1909, 332 páginas.

Edição portuguesa deste célebre autor erótico francês, ilustrado. Esplêndida

encadernação.

Manuscrito – censuras do Padre José Agostinho de Macedo

Volume manuscrito com as diversas censuras de José Agostinho de Macedo, entre

as quais: Censura sobre representações teatrais no tempo da Quaresma / Censura

sobre o livro intitulado Factos memoráveis da História de Portugal / Censura

sobre o livro Sonâmbulo. Peça de colecção. Volume bem encadernado.

Reserva: 50€

Estudo inédito sobre Gomes Freire de Andrade

O General Gomes Freire de Andrade. Dissertação para o exame de licenciatura na

secção de Ciências Históricas e Filosóficas. Estudo dactilografado da autoria de

Francisco Morais Janeiro, datado de Maio de 1947-1948, com 65 páginas. Nunca

publicado. O autor foi, na Faculdade de Letras de Lisboa, da geração de Barradas

de Carvalho, Rui Grácio, Joel Serrão e Jorge Borges de Macedo.

Polémica sobre os direitos da Ordem de Cristo e o Padroado do Oriente

Dionísio Miguel Leitão Coutinho, Refutação à alegação jurídica em que o

Excelentíssimo e Reverendíssimo D. José Joaquim da Cunha de Azeredo Coutinho,

Bispo de Pernambuco, eleito de Bragança e Miranda, pretendeu demonstrar ser

do padroado da Coroa e não da Ordem Militar de Cristo , as igrejas, dignidades e

benefícios do cabo Bojador para o sul em que se compreendem os Bispados de

Cabo Verde, S. Tomé, Angola, Brasil, Índia até à China, Lisboa, Na Impressão Régia,

1806, 121 páginas. Importante obra sobre polémica em torno dos direitos da

Ordem de Cristo e o Padroado do Oriente

Álbum com gravuras eróticas japonesas (Shunga)

Álbum, forrado a seda, com 28 gravuras eróticas, japonesas (Shunga), coloridas.

Peça de colecção

Reserva: 100€

Manual epistolar amoroso (1829)

Le Petit Secrétaire Galant oiu Lettres d’Amour, Paris, 1929, 216 páginas. Curioso e

raro livro francês, sobre a forma como se devem escrever cartas de amor nas mais

diversas circunstâncias. Com bela encadernação da época.

Baralho de cartas obsceno (século XIX)

Baralho de cartas colorido à mão, com figurações obscenas, de meados do século

XIX. Peça de extraordinária raridade pelo bom estado de conservação e por estar

completo. Peça de coleção.

Reserva: 150€

Poesias completas do Abade de Jazente (1827)

Edição das Poesias completas de Paulino Cabral de Vasconcelos, Abade de

Jazente, um dos mais interessantes poetas satíricos dos finais do século XVIII. Esta

edição, em pequeno formado e em dois volumes, com 317 321 páginas, foi

impressa em 1827 em Lisboa, na célebre Tipografia Rolandiana. Muito invulgar.

Obras de José Daniel Rodrigues da Costa

Carta interessante, Jocosa e Séria, Lisboa, Tipografia de Simão Ferreira, 1822, 45

páginas. Conversação das Senhoras em uma Sala de Visitas antes do Chá, Lisboa,

Imprensa Nacional, 1821, 44 páginas. Memória do Folheto intitulado Memórias

opara as Cortes de 1821, Lisboa, Imprensa nacional, 1821, 31 páginas. Resposta à

Defesa (por Alcunha) que como Pilatos no Credo se introduziu contra a memória,

Lisboa, Oficina de Simão Tadeu Ferreira, 1821, 39 páginas. Todos muito invulgares

e procurados para a bibliografia do autor.

Biografia elogiosa de Napoleão por um afrancesado português (1807)

Resumo Histórico da Vida de Bonaparte desde o seu nascimento até à sua

elevação à dignidade Imperial, Lisboa, Impressão Régia, 1807. O tradutor

identificado com as iniciais J. P. S. A, isto é, José Pedro de Sousa Azevedo,

bacharel formado em matemática e filosofia pela Universidade de Coimbra

oficial da marinha e maçon, presumivelmente iniciado em 1801 na casa de

Francisco de Assis Brun. Foi preso em 1810 no âmbito da Setembrizada e

deportado para os Açores. Era primeiro-tenente em 1818, foi reformado em 1836

e morreu em 1839. Peça da maior raridade integrada na corrente pró-francesa

Pela Grei Revista para o Ressurgimento Nacional (1918-1919)

Colecção completa deste revista precursora da Seara Nova, que se publicou em

Lisboa, entre Março de 1918 e Maio de 1919, no total de 7 números, e 2

suplementos e um número programa, muito raro, que esta colecção contém.

Órgão da Liga de Acção Nacional foi dirigida até ao último número por António

Sérgio, e secretariada por Reis Machado. Sérgio, além de director, colaborou

também com vários artigos. Colaboração de Silva Teles, Ezequiel de Campos, João

Perestrello, Raul Proença, F. Reis Santos, Augusto Reis Machado, Constantino

José dos Santos, Pedro José da Cunha, Jaime de Magalhães Lima, A. Celestino da

Costa e António Arroyo. Uma das mais importantes revistas políticas portuguesas.

Bem encadernada.

Reserva: 100€

José Régio – 1ªs edições

A Velha Casa – Uma Gota de Sangue, Lisboa, Inquérito, 1945, 321 páginas.

Exemplar nº 20 da edição especial de 60, em papel Off-Sett, assinado pelo autor.

Raro. A Velha Casa. As Raízes do Futuro, Porto, Editora Educação Nacional, 1947,

302 páginas.

Catálogo de livros e gravuras eróticas clandestinas

Curioso Catálogo de livros e Estampas consagrados às Mulheres e ao Amor, com 15

páginas e a descrição de dezenas de livros, folhetos e gravuras erótioco-obscenos.

Com a indicação de «à venda à socapa em algumas livrarias de Lisboa, Porto e

Coimbra». Raríssima publicação, inexistente na Biblioteca Nacional, fundamental

para os colecionadores de erótica portuguesa.

Reserva: 50€

Um cancioneiro de 1804 (manuscrito)

Miscelanea poetica compilada pelo Bel J. J. M. F. da Sa Amaral Anno de 1804. O

compilador é o Bacharel João José Miguel Ferreira da Silva Amaral, natural de Vila

Franca de Xira, onde exerceu o cargo de Presidente da respectiva Câmara

Municipal. Compreende dezenas de poemas na maior parte de Bocage, mas

também de Malhão, conde de Vila Verde, abade de Jazente e Domingos dos Reis

Quita, entre outros.

Muito interessante e raro.

Gravura erótica (início do século XIX)

Gravura colorida à mão, acompanhada por uma quadra em português.

Peça de colecção, da maior raridade.

José Daniel Rodrigues da Costa (1819)

O Balão, aos Habitantes da Lua. Poema heroi-cómico em um só canto, Lisboa,

Impressão Régia, 1819, 47 páginas. Uma das obras mais apreciadas de José Daniel

Rodrigues da Costa e um dos poemas heroi-cómicos portugueses mais procurados

Ordens Militares de Cristo, S. Tiago e Avis

Cópia da análise da Bula do SS. Pe. Júlio III de 30 de Dezembro de 1550 que

constitui o padrão dos Reis de Portugal, a respeito da união, consolidação e

incorporação dos mestrados das Ordens Militares de Cristo, de S. Tiago e de Avis

com os reinos de Portugal, Londres, T. C. Hansard, 1818, 291 páginas. Obra da

autoria de D. José Joaquim da Cunha de Azeredo Coutinho, bispo de Pernambuco,

e último Inquisidor d Portugal Obra muito invulgar e importante para o tema em apreço.

Rara obra de autor brasileiro sobre Bocage

Drama alusivo ao carácter e talentos de Manuel Maria Barbosa du Bocage, Lisboa,

Impressão Régia, 1806. O autor, José Elói Ottoni (Serro, Vila do Príncipe, 1764 – Rio

de Janeiro, 1851) foi um político, poeta e professor brasileiro, companheiro de

Bocage em Lisboa, na Arcádia. Escritor apreciado, esta é a sua obra mais rara

constituindo uma homenagem a Bocage, falecido no ano anterior.

Gazeta de Lisboa, ano de 1812

Coleção completa deste importantíssimo periódico português, para o ano de 1812,

com 307 números e todos os seus suplementos extraordinários. Encadernados em

dois volumes, Destaque para o facto de 1812 ser um ano decisivo na Guerra

peninsular, o que acresce a importância deste ano. Muito raro quando completo.

Reserva: 150€

Legislação Pombalina sobre o Algarve, Açores e Madeira

Conjunto de alvarás e cartas de lei sobre: relação entre as Alfândegas e Casas de

Despacho do Reino e os moradores do Algarve (1773); Censos e Foros usurários no

Reino do Algarve (1773); isenção de trigo, farinha, centeio, milho, veia, legumes e

todos os semelhantes grãos dos direitos nos portos do Algarve (1773); pescarias

no Algarve (1774); estragos nas pescarias do Algarve (1774); Foros usurários do

Reino do Algarve (1775); Companhia Geral das Pescarias Reais do Reino do Algarve

(1776); conservação da Ilha de Porto Santo «que se acha em todo o seu essencial

arruinada» (1770); declara a livre extracção de trigos nas Ilhas dos Açores (1771);

sobre o contrabando de urzela na ilha Terceira e do Faial (1770).

Legislação pombalina sobre Angola, Moçambique e Índia

Conjunto de alvarás e cartas de lei sobre: serviço milkiutar na Índia (1758);

conservação dos privilégios do Senado da cidade de Goa (1774); lei sobre o

comércio de Moçambique (1755); declaração de livre e franco o comércio de

Angola e dos portos e sertões adjacentes (1758).

Revolução Liberal de 1820

Três importantes documentos:

Diretrizes sobre a Dívida Pública, 27 de Outubro de 1820, 4 páginas / A Junta

Provisional do Governo Supremo do Reino aos Habitantes de Lisboa, Lisboa, 18 de

Novembro de 1820, 4 páginas / Manifesto da Nação Portuguesa aos Soberanos e

Povos da Europa, Lisboa, 15 de Dezembro de 1820, 8 páginas

Jornais anarquistas A Greve e suplemento semanal de A Batalha

10 Números do jornal anarquista A Greve (1917-1918)

9 Números do Suplemento semanal do jornal A Batalha (1924-1935)

Manuscrito sobre José Agostinho de Macedo

Curioso manuscrito em que se analisam diversas obras e José Agostinho de

Macedo, sumariando-as e comentando-as tematicamente, assinalando as

referências sobre assuntos tais como: coacção das pessoas reais, emigração

transmontada dos realistas fiéis, insultos, imperador do Brasil, carta

Constitucional, legitimidade, instituições. Muito exaustivo e importante para os

estudiosos de José Agostinho de Macedo e da sua época.

Ordens do Dia dadas ao Exército Português (1830)

Reportório das ordens do Dia dadas ao Exercito Português desde 15 de Março de

1809 até 5 de Abril de 1830, Concernentes à Organização, Economia, Disciplina,

Polícia, Serviço, Saúde, e Justiça Criminal: acrescentando de muitos e

interessantes Artigos de Legislação Pátria, extraídos das Ordenações do Reino,

Cartas de Lei, Provisões, Regimentos, Pragmáticas, Estatutos, Alvarás, Decretos,

Regulamentos, Cartas Regias, Resoluções, Portarias, e Avisos com relação ao

Estado Militar e presentemente em vigor. Dedicado, oferecido e consagrado ao

muito alto, e muito poderoso rei, O Senhor D. Miguel I., Nosso Senhor. Pelo Major

do Real Corpo e Engenheiros, Lisboa, Na Tipografia de Bulhões. Ano de 1830.

Encadernação da época em pele. Obra importante para a nossa História Militar da

época.

Almanaques – 1836 e 1840

Folhinha Constitucional, eclesiástica, histórica e civil, 1836, 167 páginas e mapas

desdobráveis. Folhinha Constitucional, eclesiástica, histórica e civil para 1840, 231

páginas. O primeiro apresenta os retratos de D. Maria II e de D. Pedro IV.

Marquês de Pombal

Francisco Luís Gomes, Le marquis de Pombal. Esquisse de sa vie publique,

Lisbonne, Imprimerie Franco-portugaise, 1869, 377 páginas. Interessante e

invulgar obra sobre Pombal, escrita em Francês. O autor, médico, militar e

escritor goês, foi ainda deputado e jornalista.

O Secretário Português (1746)

Apreciada edição deste clássico sobre escrita, da autoria de Francisco José Freire:

O Secretário Português compendiosamente instruído do modo de escrever cartas

por meio de uma instrução, Lisboa, Na Oficina de Inácio Nogueiro Xisto, 1766, 248

páginas. Encadernação da época. Em óptimo estado.

A Choldra (1926). Colecção completa

Colecção completa deste raro semanário republicano de combate e de crítica à

vida nacional, dirigido por Eduardo de Sousa, próximo da Esquerda Democrática.

Publicado em Lisboa, teve 21 números entre 31 de Janeiro e 19 de Junho de 1926.

O jornal é de difícil leitura por não ser numerado (apercebe-se a publicação do

n.º 3, em que se saúda a saída deste número) nem paginado até final. Mesmo o

ano de publicação, no n.º 10, sai com erro tipográfico, 3-4-296, em vez de 926. Este

erro manter-se-á até ao n.º 12, já datado de 17-4926.

Colecção muito rara.

Reserva: 100€

Memórias do Marquês de Pombal

Memórias do Marquês de Pombal contendo extratos dos seus escritos e da

Correspondência Diplomática inédita existente em diferentes secretarias de

Estado, por John Smith, traduzidas por Fonseca e Castro, Lisboa, Livraria de António

Maria Pereira, 1872, 388 páginas. Obra muito apreciada e invulgar sobre o Marquês

e Pombal. Bem encadernada.