Leilão - LIVROS

Robert Southey – História da Guerra Peninsular (1823)

1ª edição, em 3 volumes, desta obra clássica sobre a Guerra Peninsular:

Robert Southey, History of the Peninsular War, Londres, John Murray, 1823 (I

Volume, 806 páginas; 1827 (II Volume, 807 páginas), 1832, III Volume, 936

páginas). Primorosamente encadernada, com as folhas douradas. Excelente

exemplar desta obra notável sobre a Guerra Peninsular.

Robert Southey (1774 – 1843) foi levado pelo tio para Portugal (1795), onde

permaneceu três meses e meio, tendo, também, visitado a Espanha. Voltou a

Portugal em 1800, e desde então interessou-se pela historia portuguesa, sobre a

qual conseguiu reunir uma valiosa biblioteca com cerca de 14.000 volumes,

atualmente no Museu Britânico. Em 1813 ocupou o cargo de secretário do

Erário, na Irlanda. Nomeado (1813) Poeta Laureado, cargo oficial, a cujo

ocupante incumbia escrever peças literárias sobre a família real. Um dos

fundadores de Quarterly Review (1809). A história da Guerra Peninsular foi uma

das suas obras mais famosas.

Reserva: 100€

Fantoches (1923-1924)

Em 1914, Rocha Martins editou uma revista intitulada Fantoches (8 números).

A iniciativa gorou-se, mas repetiu o projecto em 1923, agora com uma maior

consistência, publicando 78 números entre 6 de Janeiro daquele ano e 28 de

Junho de 1824. Revista integralmente redigida por Rocha Martins, analisava

impiedosamente a vida pública portuguesa, ostentando como subtítulo

«bastidores da política e dos negócios». Os primeiros números apresentam belas

capas da autoria de Emmerico Nunes, Stuart e Cottineli Telmo. Colecção

completa, difícil de encontrar, encadernada em dois volumes.

Reserva: 80€

Serviço d’El Rey – revista monárquica (1923-1924)

Colecção completa desta rara revista monárquica do Porto, órgão das Juventudes

Monárquicas Conservadoras, Núcleo do Norte. Nº 1, de 1 de Dezembro de 1923,

ao nº 11, de 15 de Novembro de 1924, seguindo-se o nº 1 do ano II, 15 de

Dezembro de 1924 (a numeração está errada, aparece como nº 12, corrigido a

lápis), até ao 6-7, de 23 de Junho de 1924. Publicaram-se ainda mais dois

números especiais em 15 de Agosto de 1927 e 30 de Março de 1933, que esta

colecção possui. A seguir ao nº 5 do Ano II estão encadernadas, repetidas, as

paginas 5 a 26 no nº 11. Director, Francisco Pereira de Sequeira. Colaboração de

Conde de Aurora, Luís de Magalhães, conde de Bertiandos, Campos Monteiro

conde de Azevedo, Paiva Couceiro, Satúrio Pires, Ayres de Ornelas e outros.

Profundamente antissemita, com numerosos antigos antijudaicos e muitas

referências aos Protocolo dos Sábios do Sião. Importante para a história política

e do pensamento monárquico nos fins da I República e também do

antissemitismo. Conjunto completo. Na Biblioteca Nacional só existem os nºs 1 a 10.

Bem encadernada.

Telégrafo Português (1812-1814)

Importante periódico do tempo das Invasões Francesas

Raro e importante conjunto do Telégrafo Português, jornal diário, completo

nesta sua segunda fase (a primeira foi em 1808-1809 com o título de Telégrafo

Português ou Gazeta antifrancesa), anos de 1812, 1813 e 1814: nº 1, 4 de

Janeiro de 1812, a nº 103, 26 de Dezembro de 1812, com diversos suplementos,

num total de 848 páginas, nº 1, de 2 de Janeiro, ao nº 103, 28 de Dezembro de

1813, num total de 1036 páginas, com vários suplementos, nº 1 de 1 de Janeiro a

nº 105, de 31 de Dezembro de 1814, com um total de 1138 páginas, com vários

suplementos. Foi seu editor Luís de Sequeira Oliva e Sousa Cabral, que o

publicou em 1808-1809, Periódico verdadeiramente notável e da maior raridade,

fundamental para o estudo do final da Guerra Peninsular. Com inúmeras

informações sobre política interna e externa.

Encadernados em três volumes.

Reserva: 100€

Três Obras pioneiras do pensamento contrarrevolucionário português

- Marquês de Penalva, Dissertação sobre as Obrigações do Vassalo, Lisboa,

Impressão Régia, 1819, 2ª edição, 152 páginas. Bem encadernado.

- António Joaquim de Gouveia Pinto, Os Caracteres da Monarquia, Lisboa,

Impressão Régia, 1824, 30 páginas.

- Faustino da Madre de Deus, Os Povos e os Reis, Lisboa, Impressão Régia,

1825, 128 páginas.

Todos muito invulgares.

O Padre Amaro ou Sovela Política Histórica e Literária

Raro periódico português publicado em Londres (1820-1826)

Notável periódico publicado em Londres pelo madeirense Joaquim José Ferreira

de Freitas, num total de 63 volumes em XII tomos, com início em Janeiro de

1820 e fim em Fevereiro de 1826. Fundamental para o estudo dos conflitos entre

liberais e absolutistas até à promulgação da Carta Constitucional em 1826, mas

com amplas referências ao Brasil. O periódico anunciava-se como «dedicado a

todos os portugueses de ambos os mundos». Ornado com um retrato do autor. O

volume XII tem no final o nº 1 do Apêndice ao Padre Amaro, com 136 páginas,

que é um periódico autónomo.

12 volumes com encadernação da época.

Muito raros.

Reserva: 100€

Apêndice ao Padre Amaro (1826-1829)

Raro periódico português publicado em Londres (1820-1826) por Joaquim José

Ferreira de Freitas, em continuação de O Padre Amaro ou Sovela Política

Histórica e Literária. Publicaram-se 16 partes, em 6 volumes, até Agosto de

1829. Fundamental para estudo da Guerra Civil. Destaque para a bela gravura

desdobrável, no último volume, sobre a acção de 11 de Agosto de 1819 na Ilha

Terceira, que se saldou na vitória das forças do conde de Vila Flor sobre os miguelistas.

Muito raro.

Bem encadernado.

Reserva: 100€

Um exercício militar que simulava uma insurreição em Portugal em

vésperas do 25 de Abril. Documentos sobre o Exercício Europa, que

pretendia responder a uma hipotética situação insurrecional em Portugal

por parte de diversos grupos oposicionistas.

Um dos documentos, com a classificação de «Instrução – secreto», é uma

PERINTREP, com a situação geral do país e acções em curso ou planeadas. O

segundo documento, com a classificação de «secreto», descreve as principais

organizações políticas, com os respectivos emblemas e objectivos, Muito

curioso e raro.

União dos Estudantes Comunistas

Conjunto de documentos clandestinos de 1972 e 1973, desta organização criada

pelo Partido Comunista Português em Janeiro de 1972.

Rara edição de Lenine em português (1929)

Monopólios e Bancos, Lisboa, Biblioteca Cosmopolita, 1929, 63 páginas.

Curioso e raro livro que contém parte da obra Imperialismo Estádio Supremo do

Capitalismo, de Lenine. Publicado com a indicação de o autor ser V. Ilitch,

apresentado como «um grande autor moderno».

Maçonaria – I República

Conjunto de documentos impressos e copiografados do Grande Oriente Lusitano

Unido, de 1914, 1921, 1923, 1924 e 1925, 1926.

Todos de evidente raridade.

As Letras do Barracão (1829)

As Letras do Barracão ou o Desafogo de um Académico sobre as injustiças do

Senhor Cândido José Xavier, Paris, Na Tipografia de J. Tastu, 1829, 26 páginas.

Raríssimo folheto publicado em Paris, criticando a conduta de alguns dirigentes

liberais. O autor, identificado como MAD, é Miguel António Dias, destacado

maçon e liberal, autor das primeiras obras sobre a Maçonaria em Portugal. Este é

o seu primeiro escrito publicado, muito procurado para as colecções sobre a

Guerra Civil. Inocêncio refere que é «difícil hoje de achar», como o são todos os

opúsculos e papéis avulsos publicados pelos portugueses emigrados no período

de 1828 a 1833» (Dicionário Bibliográfico Português, Volume VI, p. 221).

O Papagaio Real (1914) – Colecção completa

Papagaio Real semanário monárquico, Política, Caricatura e humorismo,

publicou-se em Lisboa, entre 7 de abril e 18 de agosto de 1914, com 20

números. Anunciava em capa colaboradores artísticos, alguns da nova geração

de modernistas, como: Almada Negreiros, que assegurava a direção artística,

Rodrigues Castañe, João Maria e Silva Monteiro, Gastão de Lys, Stuart

Carvalhaes e Jorge Barradas. No Papagaio Real, descobre-se o traço de Almada

Negreiros no n.ºs 1 (p. 1) e 2 («Errare humanun est», p. 3), numa série de

pequenos ilustrações que, nas páginas de texto, fazem as vezes de “separadores”,

e, possivelmente, no pagaio real que ilustra a capa colorida, e em alguns dos

cabeçalhos da primeira página. Na vertente literária, anunciava a colaboração de

Machado Correia, de A. Monteiro (Arménio Monteiro) e do próprio diretor,

Alfredo Lamas. Porém, nas suas páginas há outras colaborações, ainda que na

maior parte dos casos não seja possível identificá-las. Umas, presentes desde do

primeiro número, outras que foram surgindo no correr das edições. A equipa do

Papagaio Real completava-se com Jorge Luiz dos Santos, que desempenhava as

funções de administrador e editor. A partir de junho, o editor passou a ser Nuno

de Vasconcelos. Esta coleção apresenta a particularidade de incluir todas as capas protectoras de

todos os números o que é extremamente raro.

Bem encadernado.

Peça de colecção.

Reserva: 150€

Folhetos antimaçónicos (1822-1829)

- O Maçonismo Confundido ou Juízo Crítico sobre a Análise de todos os

Catecismos Maçónicos, Lisboa, Tipografia Silviana, 1822, 43 páginas.

- O Maçonismo Confundido ou Juízo Crítico sobre a Análise de todos os

Catecismos Maçónicos, Segundo Folheto, Lisboa, Tipografia Silviana, 1823, 43

páginas. O Autor, que assina com as iniciais ACMS, É o autor é António de

Castro Moraes Sarmento.

- Reflexões Cristãs Antiliberais e Antimaçónicas, Lisboa, Impressão de Eugénio

Augusto, 1828, 40 páginas.

- A Maçonaria descoberta. Cartas de Elmino ao seu Constante, Lisboa,

Impressão Régia, 1829, 8 páginas.

Partido Comunista Português

Panfletos clandestinos sobre política internacional

Panfletos de 1950, 1961, 1963, 1972 sobre a Paz, guerra da Coreia, guerra do

Vietname, NATO, segurança europeia, bloqueio da Cuba.

Muito raros e interessantes.

A obra que inaugura o pensamento contrarrevolucionário português

Marquês de Penalva, Dissertação a valor da Monarquia, Lisboa, Régia Oficina

Tipográfica, 1799, 144 páginas. 1ª Edição deste clássico do pensamento político

contrarrevolucionário português.

Raríssima esta bela edição.

Encadernação da época.

Peça de colecção.

Reserva: 50€

III Invasão Francesa

- Bosquejo da Campanha de Portugal. Obra escrita em Londres depois da

Batalha do Bussaco e adicionada já depois da retirada de Massena para

Santarém, Lisboa, Impressão Régia, 1811, 23 páginas.

- Bosquejo da Campanha de Portugal segunda parte. Lisboa, Impressão Régia,

1811, 23 páginas.

- Bosquejo da Campanha de Portugal. Terceira Parte, Lisboa, na Oficina de

Joaquim Rodrigues de Andrade, 1811.

Obra completa e muito rara. O autor, não indicado, é Frederick John Robinson, e

a obra foi publicada em inglês em Londres com o título de A sketch of the

Campaign in Portugal, John Murray, 1810,48 p.

Obra fundamental sobre a I Invasão Francesa

Observador português histórico e político de Lisboa desde o dia 27 de

Novembro do ano de 1807, em que embarcou para o Brasil o Príncipe Regente

Nosso Senhor e toda a Família, por motivo da invasão dos franceses neste

Reino, etc. Contém todos os editais, Ordens públicas e particulares, Decretos,

Sucessos fatais e desconhecidos nas Histórias do Mundo; todas as Batalhas,

Roubos e Usurpações até ao dia 15 de Setembro de 1808, em que foram

expulsos, depois de batidos, os Franceses / Benevenuto Antonio Caetano

Campos, Lisboa, Impressão Régia, 1809, 527 páginas.

Indispensável para o estudo da I Invasão.

Bom, exemplar, bem encadernado.

Reserva: 50€

Legião Portuguesa

- A Legião Portuosa Expressão da Consciência da Nação. Trinta Anos ao

Serviço da Nação 1936-1966, Lisboa, 1966, 231 páginas. Muito ilustrado

- Panorâmica. Boletim Mensal de Informação do Serviço de Informação da

Legião Portuguesa, Janeiro de 163, 22 páginas, copiografado.

- O Comunismo e a Juventude, Edição da LP, 1959, 78 páginas, copiografado.

- Boletim de Informação (Actividades comunistas) – Elementos sobre a

Organização e actividades ilegais do PCF durante a II Guerra Mundial, Lisboa,

Edição da LP, 1958, 20 páginas.

- Comunismo e Agressão, Lisboa, Edição da LP, 1959, 132 páginas.

Uma crítica à Revolução Liberal (1823)

Diorama de Portugal nos 33 meses constitucionais ou Golpe de Vista sobre a

Revolução de 1820 – a Constituição de 1822 – a Restauração de 1823, por José

Sebastião de Saldanha Oliveira e Daun, Lisboa, Impressão Régia, 1823, 244

páginas. Interessantíssimo livro do futuro conde de Alpedrinha, antigo liberal e

deportado na Setembrizada de 1810, convertido ao miguelismo. Visão pessoal,

mas do maior interesse, sobre os anos de 1820 a 1923.

Encadernação da época.

Muito raro

Reserva: 30€

Um desertor contra Napoleão (1811)

Duas obras do general Sarrazin, que desertou em 1810 para o campo inglês. Em

Londres publicou vários escritos contra Napoleão, que foram imediatamente

traduzidos para português em 1811!

- Confissão Geral que fez Napoleão Bonaparte ao Abade Maury, em 12 de

Agosto de 1810, escrita em Londres pelo General Sarrazin, Lisboa, Impressão

Régia, 1811, 84 páginas

- Conversação que teve o General Berthier com o Abade Maury no Palácio de

Bonaparte em 15 de Agosto de 1818, escrita em Londres pelo general Sarrazin,

Lisboa, Impressão Régia, 1811,m 76. Este último inclui na última página a

sentença contra Sarrazin, que o condenava à morte por traição.

Bela e rara obra sobre as Invasões Francesas (1816)

Defesa dos Direitos nacionais e reais, Lisboa, na Impressão Régia, 1816, 2 volumes

com [20], LXI, [1], 262, [2] páginas e [8], XXIV, 426, [2] páginas. Dedicada ao

Príncipe D. João, ostenta um retrato seu, e está enriquecida com mais duas belas e

sugestivas gravuras de Domingos Sequeira. O autor é José António de Sá, doutor em

Leis (1782), juiz de fora de Moncorvo e mais tarde desembargador da Relação do Porto.

Bom exemplar muito bem encadernado.

Raro e valioso.

Reserva: 50€

Obra pioneira sobre a Prostituição em Portugal

Ângelo da Fonseca, Da Prostituição em Portugal. Tipografia Ocidental. 1902, 486

págs. Estudo pioneiro em Portugal sobre o tema, que constituiu a dissertação de concurso do

autor a uma das cadeiras vagas da Faculdade de Medicina, que, como todas as

dissertações, teve reduzida tiragem. Distribuição geográfica e estatísticas. Ilustrado com

numerosos gráficos, alguns dos quais impressos em folhas desdobráveis.

Muito raro e procurado.

Encadernação da época.

Reserva: 50€

Associativismo em Portugal

Duas obras de Costa Goodolphim, pioneiras sobre o tema da previdência e do associativismo:

- A Associação. História e desenvolvimento das Associações Portuguesas, Lisboa,

Tipografia Universal, 1876, 171 páginas.

- A Previdência. Associações de Socorro Mútuo, Cooperativas, Caixas de Pensões e

Reformas, Caixas Económicas, Lisboa, Imprensa Nacional, 1889, 189 páginas.

Com um retrato do autor.

O Analista Portuense, jornal liberal do Porto (1822)

O Analista Portuense, nºs 1, de 1 de Janeiro de 182274, de 27 de Junho de 1822. Com

um índice manuscrito temático no final. Importante e raro periódico liberal portuense,

do maior interesse para a história do liberalismo naquela cidade e nos pais.

Bem encadernado.

Reserva: 30€

Conspiração da Rua Formosa (1822)

Três publicações, todas muito raras, encadernadas em tela, relacionadas com este episódio:

1 - Sentença proferida na Casa da Supplicação, contra os réus da conspiração

intentada contra o Governo, com o fim de destruir o actual sistema, Lisboa, Tipografia

de J. F. M. de Campos, 1823, 18 páginas;

2 - Alegação em defesa dos chamados conspiradores da Rua Formosa pelo advogado

da Casa da Suplicação Barbosa de Araujo, Lisboa, Impressão Liberal, 1823, 43

páginas.

3 - A Infiada dos porquês, que a todos põem de boca aberta, e em pasmaceira,

tendentes a dar esclarecimentos sobre a conspiração da Rua Formosa / por Fr. J. R. M.

Furtado, Lisboa, Impressão Liberal, 1822, 30 páginas.

Trata-se da primeira tentativa de restauração do absolutismo depois da evolução de

1820. A denúncia desta conspiração foi feita pelo marechal de campo Luís do Rego

Barreto que encarregou da pesquisa e indagações deste negócio Rodrigo da Fonseca

Magalhães. A chamada conspiração da Rua Formosa, descoberta em Abril de 1822,

tinha como plano dissolver o Congresso, convocar Cortes com duas câmaras, sendo

uma privativa da nobreza hereditária, depor D. João VI nomeando em seu lugar D.

Carlota Joaquina, assistida de um conselho de regência, e dar ao infante D. Miguel o

comando em chefe do exército — foi atribuída pela opinião pública a D. Carlota

Joaquina. A sentença final foi proferida um ano depois, em 7 de Maio de 1823,

condenando apenas dois indivíduos, um a degredo perpétuo e outro a degredo por cinco

anos, penas que não cumpriram pela vitória da Vilafrancada.

Peças muito raras e muito importantes para a História da implantação do Liberalismo e

da resistência absolutista.

Defesa de um maçon português em 1810

Memória sobre a conduta do Dr. Bernardo José d´Abrantes e Castro desde a retirada

de sua alteza real o Príncipe Regente Nosso Senhor para a América, Londres, H, Bryer,

1810, 364 páginas.

Bernardo José de Abrantes e Castro, (1771-1833) Formado em medicina pela

Universidade de Coimbra, foi médico da Real Câmara e físico-mor do reino. Em 1809,

foi detido sob as acusações de jacobinismo e de pertencer à Maçonaria e colocado com

residência fixa no Algarve. Exilado em Inglaterra (1810-1814) e depois novamente em

1828-1833). Conselheiro de Estado em 1827 e 1833. Fundou, juntamente com o Vicente

Pedro Nolasco Pereira da Cunha, o periódico político O Investigador Portuguez em

Inglaterra que circulou entre 1811 e 1819. Maçon, pertenceu às Lojas Fortaleza e

Vurtude. Nesta obra descreve com pormenor os interrogatório a que foi submetido sob

acusação de «ser Pedreiro Livre e Membro do Conselho Conservador de Lisboa»

(páginas 188 e seguintes), onde refuta a acusação de afrancesado e defende os princípios

maçónicos e os propósitos da Maçonaria.

Obra do maior interessa para a História da Maçonaria em Portugal,

Reserva: 50€

Prostituição (1875)

João António Fonseca Bragança, Breves Considerações sobre a Prostituição debaixo do

ponto de vista da Higiene e da Moral. Lisboa, Tipografia Universal, 1875, 74 páginas.

Tese inaugural apresentada à Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa em Julho de 1875.

Trabalho académica de escassa tiragem, muito curioso e importante para a história da

prostituição em Portugal. Bem encadernado."

João António Fonseca Bragança, Breves Considerações sobre a Prostituição debaixo do

ponto de vista da Higiene e da Moral. Lisboa, Tipografia Universal, 1875, 74 páginas.

Tese inaugural apresentada à Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa em Julho de 1875.

Trabalho académica de escassa tiragem, muito curioso e importante para a história da

prostituição em Portugal.

Bem encadernado.

Almanaque de O Sorvete para 1884.

Almanaque de O Sorvete para 1884 – Procissão das Celebridades Portuenses, Porto,

Litografia Portuguesa, 237 páginas. Notável repositório de caricaturas e retratos de

personalidades ligadas ao Porto, da autoria de Sebastião Sanhudo.

Sebastião Sampaio de Sousa Sanhudo (1851 – 1901), fundou a Litografia Portuguesa.

Largas centenas de reproduções litográficas foram espalhadas por livros, calendários,

anúncios, mapas e pela imprensa portuguesa, com um estilo realista mas crítico, irónico

e fazendo uso dos meios e técnicas do seu tempo. Notabilizou-se também como

ilustrador de O Pai Paulino desde o primeiro número saído em julho de 1877; como

director e ilustrador do seu próprio jornal de tipologia humorística com caricaturas, O

Sorvete, onde foi um dos precursores da Banda Desenhada no nosso País. O Sorvete foi

o periódico do género de maior longevidade no séc. XIX (1878 - 1900).

Muito raro e importante para a História do Porto.

Vitória portuguesa na Guerra Peninsular (1814)

- Descrição das Frestas que o Ilustríssimo Senado da Câmara da Cidade do Porto

Celebrou a entrada dos regimentos de Infantaria nº 6 e 18 no dia Quinze de Agosto de

1814, Lisboa, Impressão Régia, 27 páginas.

- Descrição resumida do Prazer com que foram recebidas as Tropas Portuguesas na

sua entrada pelos habitantes da Rua Direita dos Anjos, em Agosto e Setembro do

presente ano de 1814, Lisboa, Impressão Régia, 1814, 6 páginas. Com a descrição da

decoração da Rua dos Anjos, com quadras de José Daniel Rodrigues da Costa.

Ambos muito raros.

Publicações clandestinas do Partido Comunista Português

- Se fores Preso camarada… Edições Avante, 1963, 18 páginas. O desenho da capa é de

José Dias Coelho.

- A Célula de Empresa, Edições Avante, 1958, 24 páginas.

- Sobre as Eleições para a «Assembleia Nacional», Edições Avante, 1957, 10 páginas.

- O Militante nº 169, Fevereiro de 1971, alusivo ao 50º aniversário da fundação do PCP. 12 páginas.

- Circular – Por um Porte digno frente ao Inimigo! Por um melhor trabalho

conspirativo, 1963. Destinada aos responsáveis partidários. muito rara!

Almanaque miguelista para 1852

Almanaque Português para 1852 sob a direcção de M. M.- de S. Bruschy, Lisboa,

Imprensa de Francisco Xavier de Sousa, 1851, 224 páginas mais duas folhas

desdobráveis. Raríssimo almanaque legitimista O responsável pela edição era Manuel

maria da Silva Bruschy. O almanaque era acompanhado por um retrato de D. Miguel,

em separado, que o nosso exemplar possui e é muito raro.

Um dos julgamentos mais célebre de Portugal…

Processo do Julgamento de José Cardoso Vieira de Castro no Tribunal do 2º Distrito

Criminal de Lisboa pela acusação do Crime de Homicídio Voluntário na pessoa de sua

Mulher, Lisboa, Imprensa Nacional, 1870, 148 páginas. Conserva os dois retratos e as

capas de brochura. Um dos julgamentos mais célebres da história judicial portuguesa,

Raro Diploma Maçónico

Diplomado Supremo Conselho do Grau 33º do Rito Escocês Antigo e Aceito, de 1925,

conferindo o grau 30º - Cavaleiro Kadosh. Assinado pelo general Ferreira de Castro,

Soberano Grande Comendador, e outros dignitários, com carimbos e selo branco. São

muito raros os diplomas dos graus superiores.

Em excelente estado de conservação.

Peça de colecção.

Reserva: 30€

Maçonaria

Duas publicações raras:

- Legislação Oficial do Grande Oriente Lusitano Unido, desde 15 de Julho de 1869 a

30 de Junho de 1870, Lisboa, Tipografia de Joaquim germano de Sousa Neves, 32

páginas. Contém a documentação referente à constituição do Grande Oriente em 1869.

- Regulamento do Santo Real Arco impresso por ordem do Grande Capítulo o Santo

Real Arco de Portugal, Lisboa, 1883, 15 páginas. Ambos muito raros.

Miguelismo

Conjunto de publicações miguelistas:

-Carta Única de José Agostinho de Macedo, Lisboa, Impressão Régia, 1823, 22 páginas

- Artigo extraído da Gazeta de Lisboa nº 152, sobre o efeito que o Manifesto de El Rei

Nosso Senhor Dom Miguel I causou nos diversos reinos estrangeiros, Lisboa,

Impressão Régia, 1832,m 14 páginas.

-Exposição genuína da Constituição Portuguesa de 1826, por FPFC (Francisco de

Paula Ferreira da Costa), Lisboa, Impressão Régia, 1823, 32 páginas.

- Francisco Freire de Melo, Exercitação na qual plenamente se prova que D. Pedro I

Imperador do Brasil é estrangeiro para Portugal, Lisboa, Impressão Régia, 1828, 19

páginas.

- António Ribeiro Saraiva, Eu não sou um Rebelde ou a Questão de Portugal em toda a

sua Simplicidade, Lisboa, Impressão Silviana, 1828, 27 páginas.

Jornal Enciclopédico de Lisboa (1820)

Importante periódico publicado em Lisboa entre Janeiro e Dezembro de 1820, num total

de XII números, encadernados em dois tomos com 448 e 425 páginas, com índices.

Apesar de indicar que o redactor era José Agostinho de Macedo, segundo Inocêncio, a

responsabilidade pela maior parte dos textos foi de José Joaquim pedro Lopes

(Dicionário Bibliográfico, Volume 4, p. 201). Falta o rosto no segundo

tomo, sem afectar o texto. Muito invulgar.

Com encadernações diferentes.

Defesa das Costas de Portugal

General José Estêvão de Morais Sarmento, A defesa das Costas de Portugal e a Aliança

Inglesa, Lisboa, Livraria Férin, 1903, 355 páginas, mais XIII de índices e VI mapas

desdobráveis. Completo. Importante obra deste notável militar, que mereceu tradução

para inglês.

Campanhas de Moçambique (1895)

A Campanha das Tropas Portuguesas em Lourenço Marques e Inhambane, Lisboa, M.

Gomes Editor, 1897, 249 páginas com 3 mapas desdobráveis. Textos de Aires de

Ornelas, Paiva Couceiro, Eduardo da Costa e Mouzinho de Albuquerque.

Muito invulgar.

Bem encadernado.

Folhetos anti-napoleónicos portuguesas

Conjunto de folhetos anto-napoleónicos, alguns muito raros:

- Carta dirigida ao marechal Marmont pelo autor do antigo Telégrafo Português,

Lisboa, Impressão Régia, 1811, 15 páginas.

– Suplemento à Carta dirigida a Massena pelo Autor do antigo Telégrafo Português,

Lisboa, Impressão Régia, 1810, 16 páginas.

- Grito de um Verdadeiro Português, Lisboa, Impressão Régia, 1809, 7 páginas.,

Lisboa, 14 páginas.

- José Daniel Rodrigues da Costa Nepoleada Obra em Verso, Lisboa, Impressão Régia,

1811, 16 páginas.

- O Locografo ou o Monitor Secreto, Lisboa, Impressão Régia, 1811, 15 páginas.

- Lusitânia Triunfante e final Queda de Bonaparte, Lisboa, Impressão Régia, 1811, 10

páginas.

- O Homem das debilidades. Diálogo, Lisboa, Impressão Régia 1810, 10 páginas,

Bela obra de Homenagem ao Príncipe Regente D. João (1814)

A Glória de Portugal elevada ao seu Cume, Lisboa, Nova Impressão da Viúva Neves e

Filhos, 1814, 48 páginas.

Pouco ou nada se sabe de José de Paula de Morais Louro Portugal, autor desta

magnífica obra em prosa e em verso, que celebra a vitória portuguesa sobre os

franceses. Dedicada ao Príncipe Regente D. João, exibe um belo retrato do soberano.

Impresso em papel de grande qualidade inclui textos sobre as três invasões e diversos

poemas celebratórios. Com uma bela encadernação inteira de pela da época. Peça de

colecção para as colecções da Guerra Peninsular.

Reserva: 30€

Revolução de Campo Maior contra os franceses (1808)

Relação abreviada dos Factos mais Recomendados da Revolução de Campo Maior em

1808, pelo Fr. João Mariano de Nossa Senhora do Carmo Fonseca, Lisboa, Impressão

Régia, 1813, 104 páginas. Trata-se de uma das mais raras obras sobre o levantamento

dos portugueses contra o invasor francês na I Invasão, mais concretamente sobre os

acontecimentos em Campo Maior, que são detalhadamente narrados.

Peça de colecção.

Reserva: 50€