Leilão - LIVROS

Raro livro erótico francês clandestino (1880)

La Rhétorique des Putains ou la Fameuse Maquerelle. Ouvrage imité de l'italien

Sur la copie imprimée a Rome aux dépens du Saint-Père, 1794, dois volumes

com 124 e 111 páginas, encadernados em conjunto. Edição com local de

impressão e data fictícios, tal como a alusão a ter sido impressa por membros da

Sociedade Real de Bibliófilos de Veneza, no Palácio Ducal. Sob a forma de

diálogo entre prostitutas, esta versão francesa nada tem a ver com a italiana.

Segundo Pascal Pia (Les Livres de l’Enfer, p. 662), terá sido impressa em

Bruxelas em 1880. Existe um exemplar na Biblioteca Nacional de França,

département - Réservé des livres rares, Enfer-62. Muito raro.

Fotografias eróticas

12 fotografias eróticas dos anos trinta do século XX, de grande qualidade,

sequenciais, representando um trio.

Congressos e Conferências do Partido Socialista (1932)

César Nogueira, Resumo Histórico dos Congressos e Conferências do Partido

Socialista Português 1871-1926, Porto, Edição da revista Pensamento, 1932,

119 páginas. Encadernação editorial original. Rara obra sobre a História do

Partido Socialista Português, em excepcional estado de conservação. Muito

procurada.

Uma obra de ficção protocientífica (1798)

An 2440, rêve s'il en fut jamais; suivi de L’Homme de Fer, Songe, Paris, Brosson

et Carteret, Ano VII (1798), três volumes com 356, 346 e 349 páginas,

encadernações da época, em excelente estado de conservação. Ilustrado com um

retrato do autor e gravuras alegóricas antecedendo os rostos dos volumes II e III.

Trata-se de um romance utópico no ano de 2440. É considerado o primeiro

romance de antecipação, e a primeira utopia que tem como cenário a Terra, mas

num tempo futuro. Obra muito popular, a 1ª edição é de 1771. Descreve as

aventuras de um homem que, após uma discussão com um amigo filósofo sobre

as injustiças da capital francesa, adormece e acorda numa Paris do futuro.

Compara essa sociedade futura, mais justa, com a podridão da sociedade do seu

tempo. Obra muito curiosa e procurada. O autor, Louis-Sébastien Mercier (1740-

1814), foi escritor, poeta e político, fazendo parte da Convenção durante a

Revolução Francesa.

Publicações anarquistas portuguesas

Conjunto de folhas soltas e folhetos anarquistas, alguns do início do século XX,

e publicações da Federação Anarquista Ibérica, Federação Anarquista da Região

Portuguesa, Aliança Libertária e Aliança Comunista Libertária.

Todos de grande raridade.

1ª edição de O Capital em Portugal (1912)

Karl Marx, O Capital, Lisboa, Biblioteca de Educação Nacional, 1912, 240

páginas. Encadernação sem valor. Trata-se da primeira edição portuguesa desta

obra, traduzida do francês por Albano de Morais a partir do resumo que Gabriele

Deville fez daquela obra de Marx. A obra integral só foi traduzida e publicada

em Portugal depois de 1974. Muito invulgar

Rara Constituição Maçónica (1849)

Acto Constitucional da Franc-Maçonaria Portuguesa dado e Sancionado aos 27

dias do mês Thamouz do Na. Da V. L. 5849 (era vulgar 17 de Julho de 1849),

pela Gr. Dieta Geral Constituída e Constituinte da Maçon. Lusitana convocada

extraordinariamente por decreto da Gr. L. do Gr. Or. Lus. De 18 de Maio de

1849, Lisboa, Tipografia do Grande Oriente de Portugal, 1849, 34 páginas, brochado.

Trata-se da Constituição do Grande Oriente de Portugal, obediência que resultou

da uma das facções do Grande Oriente Lusitano enfrentadas em 1849. No final

tem a relação dos dignitários e dos representantes das Lojas que aprovaram a

Constituição e a confirmação de que está conforme o original, manuscrita e

assinada pelo Grande Secretário «Cipião Africano», isto é, José Maria de Sousa

Monteiro. Da maior raridade.

Eleições legislativas de 1913

Mapas de Portugal, com a distribuição das maiorias, por concelhos, nas eleições

legislativas de 13 de Junho de 1913. Um referente à eleição de deputados e outro

à de senadores. Na escala de 1-1.500.000. Pequena falta de papel marginal no

mapa referente à eleição de senadores, sem afectar o texto nem o mapa. Peças de

colecção, da maior raridade, sobre a História política da I República, sendo, para

mais, os dois únicos mapas publicados.

Cartazes da União Internacional de Estudantes (anos sessenta e setenta)

Dez cartazes da União Internacional de Estudantes, alusivos à luta contra o

analfabetismo (3), e de solidariedade com os estudantes do Sudão, dos

Camarões, da Argélia, do Irão (2), Grécia e Palestina. Fundada em Praga em

1945, a UIT foi um instrumento de propaganda da União Soviética no

movimento estudantil internacional, em especial em África e na América Latina,

publicou numerosos cartazes de propaganda, alguns dos quais da autoria de

artistas de renome e com grande impacto visual.

Revolução de 14 de Maio de 1915

Colecção de exemplares do diário O Mundo, de 13, 14, 15, 16 e 17 de Maio de

1915, que permite acompanhar a Revolução de 14 de Maio daquele ano, que

derrubou o governo presidido pelo General Pimenta de Castro. Conjunto

naturalmente raro.

Oposição ao Estado Novo

Importante conjunto cartazes e de documentos impressos, dactilografados e

copiografados da Oposição ao Estado Novo, de várias épocas e de várias organizações.

Fotografias eróticas

12 fotografias eróticas dos anos trinta do século XX, sequenciais e de grande qualidade.

Presos políticos durante a I República

- António Vaz Monteiro Gomes, Portuguese Political Prisoners Reply to the

Duchess os Bedford’s Statemens, Lisboa, Imprensa Nacional, 1913, 58 páginas.

Obra que pretende contestar um relatório publicado na Grã-Bretanha

denunciando a situação dos presos políticos monárquicos em Portugal.

- Philip Gibbs, The Tragedy of Portugal. A Shown in the Sufferings of the

Portuguese Political Prisoners: Royalists, Republicans, Socialistas and

Syndicalists, Londres, L. Upcott Gill & Son, 1914, 80 páginas.

Rara publicação editada em Londres sobre o mesmo tema, muito crítica em

relação à República.

Raríssimo ritual fúnebre maçónico português (1841)

Ritual para as Exéquias Maçon. Decretadas em nome da Maç. Port. Pela Gr. L.

do G. O. L. à memória do Sap. E Perf. Ir. Senacherib, que sendo Gr. M. da Maç.

Lus. Morreu aos 16 dias do m. Nisan do an. da V. L. 5841 (Era prof. 5 de Abril

de 1841), [Lisboa] 5841 (1841), Tipografia do Gr. Or. Lus., 51 páginas.

Raríssima publicação relativa às exéquias de Manuel Gonçalves de Miranda,

nome simbólico «Senaquerib», Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano entre

1839 e 1841, vindo a falecer em 5 de Abril daquele último ano. O exemplar

apresenta diversas notas manuscritas, com instruções, que acompanham o texto impresso.

Edição clandestina de Guerra Junqueiro

Criptinas (folha avulsa gratuita), sem indicação de lugar nem da data (188?),

com 16 páginas. Trata-se de um opúsculo muito raro, com conjunto de poesias

eróticas de Guerra Junqueiro. Este exemplar, completo, está cartonado, com

alguns desenhos amadores intercalados.

O Charivari, jornal humorístico ilustrado do Porto (1886-1894)

Importante conjunto deste jornal humorístico portuense, do nº 1, de 13 de

Novembro de 1886 ao nº47, do 8º ano, de 10 de Março de 1894. Encadernados

em 8 volumes. Cada ano era constituído por 48 números. Redactores José de

Almeida e Silva e Joaquim Maria Pinto. Todos os números apresentam o retrato

litografado de uma figura pública, na sua maior parte do Porto e sua região,

seguindo-se sete páginas de pequenos textos humorísticos, mas também notícias,

charadas, poesias, anúncios, etc., na generalidade não assinados.

1ªs edições de Obras de António Sérgio, algumas autografadas

Destaque para as edições das Renascença Portuguesa, as mais raras e procuradas.

- Ensaios Tomo I, Porto, Renascença Portuguesa, 1920, 445 páginas.

- Ensaios Tomo II, Lisboa, Seara Nova, 1920, 227 páginas.

- Ensaios Tomo III, Porto, Renascença Portuguesa, 1932, 427 páginas.

- O Ensino como Factor de Ressurgimento Nacional, Porto, Renascença Portuguesa, 1918, 53 páginas,

- Considerações Histórico-Pedagógicas, Porto, Renascença Portuguesa, 1915, 73 páginas.

- A Função Social dos Estudantes, Porto, Renascença Portuguesa, 1917, 44 páginas.

- O Problema da Cultura e o isolamento dos Povos Peninsulares, Porto, Renascença Portuguesa, 1914, 67 páginas, com dedicatória autógrafa do autor.

- Cartas sobre a Educação Profissional, Porto, Renascença Portuguesa, 1916, 39 páginas

- Aspectos do problema Pedagógico em Portugal, Lisboa, Sociedade de Estudos pedagógicos, 1934, 40 páginas.

- Democracia, Lisboa, Seara Nova, 1937, 31 páginas.

- O Seiscentismo, Lisboa, Seara Nova, 1926, 48 páginas, com dedicatória autógrafa do autor.

Rara tese sobre o fabrico de queijo no Alto-Alentejo (1904)

António Maria Hortas Camões, O Fabrico do Queijo no Norte-Alentejo. O seu

melhoramento, dissertação inaugural apresentada no Instituto de Agronomia e

Veterinária, Lisboa, Tipografia Minerva central, 1904, 93 páginas.

Obra de grande raridade, por se tratar de uma tese académica com escassa

tiragem praticamente só para aos membros do júri e bibliotecas.

Livros sobre Portugal na Grande Guerra

- João Ninguém, O 9 de Abril, Benguela, Jornal de Benguela, 1921, 60 páginas.
Obra muito crítica, publicada em Angola, e rara. Desconhece-se a identidade do autor.

- Ferreira do Amaral, A Batalhado Lys e a Batalha de Armentières ou o 9 de
Abril, Lisboa, Tipografia do Comércio, 1923, 63 páginas, encadernado.

- J. A Correia dos Santos, Males e Remédios. Preparação de Portugal para a
Guerra Europeia, Lisboa, Tip. das Cooperativa Militar, 1915, 224 páginas,
brochado. Com dedicatória autógrafa do autor.

- Diogo Martinez de Lima e Eduardo Martinez e Lima, Rumores da Guerra
(França 1917-1918), Porto, Comércio do Porto, 1923, 129 páginas. Com
dedicatória autógrafa dos autores.

- Afonso do Paço, Cartas às Madrinhas de Guerra, Porto, Edição de Marânus,
1929, 182 páginas.

Laura Junot em Portugal

Albert Savine, Le Portugal il y a Cent Ans. Souvenirs d’Une Ambassadrice.

Annotés d’après les Documents d’Archives et les Mémoires, Paris, Société des

Éditions Louis Michaud, 1912, 192 páginas, muito ilustrado. Encadernado.

Impresso em bom papel couché, o que permitiu ilustrações de qualidade. Obra

muito interessante e invulgar, baseada nas memórias de Laura Junot (Duquesa

de Abrantes), que acompanhou o marido, general Junot, em Portugal e Espanha, onde foi embaixador.

Encanamento dos rios Cávado e Mondego (1791 e 1795)

- Alvará Régio de 128 de Março de 1791, que ordena que se proceda às obras de
construção da estrada entre Lisboa e Porto, com o encanamento do rio Mondego (14 páginas)

- Alvará Régio de 20 e Fevereiro de 1795 que aprova o plano de encanamento e
navegação do rio Cávado desde a foz até Esposende, tendo em anexo o
Regulamento de Fazenda e Economia do mesmo encanamento (17 páginas.

Muito curiosos e interessantes.

Deportados e presos políticos (1926-1933)

Conjunto de documentos dactilografados: abaixo assinado de presos no Aljube

(1933); protesto da mulher do Dr. Pires Guerreiro (1932); manifesto de oficiais

republicanos (1929); nota sobre deportados políticos (1932); estatística dos

deportados em Cabo Verde e Guiné; recomendação da Polícia de Segurança do

estado sobre censura da correspondência dos deportados a bordo do navio

«Carvalho Araújo» (1926).

Rara edição portuguesa do Manifesto Comunista (1893)

Manifesto do Partido Comunista redigido por Marx e Engels em 1847, Porto,

Biblioteca Revolucionária Socialista, 1893, 38 páginas. Com alguns picos que

não afectam o texto, manchas e falta de parte da contracapa. Raríssima obra,

inexistente na Biblioteca Nacional. O manifesto foi publicado pela primeira vez

em Portugal em 1873, em folhetins, no jornal O Pensamento Social, e mais tarde

no jornal A Voz do Operário, em 1887, e em O Eco Socialista, em 1892. O

jornal O Protesto ALUDE, em 1877, à existência de uma edição autónoma do

Manifesto, em 1873, que pode ter sido uma separata de O Pensamento Social.

Pode ter sido, porque até agora, tal exemplar nunca foi visto nem existe nas

bibliotecas portuguesas. A ser assim, esta edição do Manifesto, de 1893, será a

primeira autónoma, em brochura. Raríssima, único exemplar conhecido.

Peça de colecção.

Tarjetas de propaganda clandestina do Partido Comunista Português

Conjunto de tarjetas, de várias épocas, do PCP, destinadas a serem lançadas na

rua e nas caixas de correio. Impressas, copiografadas ou reproduzidas de outras

formas. Conjunto muito raro como se depreende do carácter clandestino destes materiais.

Algarve – Alvarás e Cartas Régias (Século XVIII)

Isenção de impostos ao atum salgado no Algarve (1787, 6 páginas); Plano para

instalação de Companhias de Artilharia em Vila Real de Santo António, Faro,

Lagos e Sagres (1797, 7 páginas); Companhia Geral das Reais Pescarias do

Reino do Algarve (1794, 4 páginas); Reguengo da cidade de Tavira (1787, 22

páginas); Juro, Foros e Censos do Reino do Algarve (1779, 4 páginas);

instruções para os Generais das Províncias e Reino do Algarve (1789, 2

páginas); Idem (1779, 2 páginas); Idem, 1782, 4 páginas); Idem, (1791, 2

páginas); Idem, 1792, 2 páginas); Provedor do Reino do Algarve (1782, 4

páginas); Companhia Geral das Reais Pescarias do Reino do Algarve (1784, 4

páginas); Junta de Justiça do Reino do Algarve (1790, 4 páginas); Companhia

Geral das Reais Pescarias do Reino do Algarve (1790, 8 páginas); extinção dos

governos das fortalezes de Cacela e Santo António do Rio de Tavira (1794, 1

página); Plano de organização para o corpo fixo das guarnições do reino do

Algarve, sua economia, soldo e fardamento (1795, 10 páginas); plano do

estabelecimento do Trem da cidade de Lagos (1795, 8 páginas); guarnições fixas

do Algarve (1795, 1 página),

A Carbonária apela à mobilização dos seus membros contra a Alemanha (1916)

Apelo da Ordem dos Livres Rachadores Lusitanos (Carbonária) a todos os seus

membros, para que façam uma intensa propaganda antigermânica e se

mobilizem após a declaração de guerra daquele país a Portugal. Documento

dactilografado, em papel timbrado, com os selos da Ordem e assinatura

autógrafa do Grande Secretário «Spartacus». Os documentos da Carbonária são

extremamente raros. Peça de colecção.

Anuário Comercial para 1895

Anuário Almanach Comercial da Indústria, Magistratura e Administração ou

Anuário Oficial de Portugal Ilhas e Ultramar da para 1895, coordenado por

Caldeira Pires, Lisboa, Tipografia da Nacional Editora, 1421 páginas.

Encadernação do editor. Valioso repositório da vida comercial, industrial e

administrativa do país. Estes anuários são muito raros e quando aparecem estão é

mau estado de conservação porque eram muito manipulados. Este está em

excelente estado de conservação.

Importante obra sobre Voltaire (1780)

Marquês de Luchet, Histoire littéraire de M. de Voltaire, A Cassel, Imprimé

chez P. O. Hampe, 1780, 6 volumes com 297, IV-331, VIII-333, 367, 333-(3),

404 páginas. Bonitas encadernações da época. Jean-Pierre-Louis de Luchet

(1740–1792), Marquês de Luchet, oficial de cavalaria, teve de fugir de França

para Lausanne, onde Voltaire o fez empregar como bibliotecário do Senhor de

Hesse-Cassel e escreveu o seu elogio. Esta obra contém extractos de cartas de

Voltaire. Obra importante e rara sobre o grande filósofo francês.

Um comerciante inglês na Inquisição de Lisboa

Mary Brearley, Hugo Gurgeny Prisoner of tyhe Lisbon Inquisition, Londres,

Jonathan Caope, 1947, 176 páginas, encadernação editorial. Excelente exemplar.

Este comerciante inglês, nascido em 1570, foi educado no seio das Igreja de

Inglaterra, estudou no Trinity College. Preso pela Inquisição, em Lisboa, em

1606 por herético protestante, foi libertado 3 anos depois. Esta obra estuda o

caso a partir do processo inquisitorial. Obra invulgar.

Alvarás e Cartas Régias sobre o Ultramar e o Brasil (século XVIII)

Abolição das leis e ordens pelas quais se governava o Estado da Índia (1774);

isenção de direitos da cera em bruto de Cacheu e Bissau (1794); suspensão das

mensurações de propriedades no Brasil (1796); regulamentação dos direitos a

pagar em Lisboa das fazendas vindas de Goa e de outros portos da Costa do

Malabar (1789); isenção de direitos da cera que vem de Benguela e Angola

(1793); escrituras publicas no Brasil (17939; direitos que devem pagar de Lisboa

as fazendas vindas de Goa e Costa do Malabar (1795); regras das sesmarias no

Brasil (1796, 22 páginas); extravio e contrabando de ouro do Brasil (1785);

proibição no Brasil de fábricas e manufacturas de ouro, prata, sedas algodão,

linho, lã ou tecido (1785).

Raro livro de António Sérgio autografado.

António Sérgio, Oliveira Martins. Impressões sobre o significado político da

sua obra, Lisboa, Biblioteca Nacional, 1923, LXXXVIII páginas, brochado.

Trata-se de escassa e rara tiragem à parte, com capas próprias, do estudo que

antecedeu a publicação dos Dispersos de Oliveira Martins. Exemplar valorizado

por uma dedicatória autógrafa de Sérgio ao compositor Viana da Mota, cuja

assinatura de posse se pode ver na capa do livro. Raro.

Publicações estrangeiras sobre a guerra colonial

- Angola. A Symposium. Views of a Revolt, Oxford University Press, 1962, 160
páginas. Reúne as comunicações ao colóquio organizado por Philip Mason,
sobre a situação em Angola.

- La Guerre du Peuple en Angola, reportagem fotográfica realizada com os
guerrilheiros do MPLA, éditions MSACP, Suíça, 1969, com dezenas de
fotografias; páginas sem numeração.

- Dossier sur les Colonies Portugaises. Analyses d’une lutte de libération,
prefácio de François Houtart, Bruxelas, Vie Ouvrière, 1970, 81 páginas.

- A principal in Tourment. The United Nations and Portugal Administraded
Territories, Nova Iorque, Nações Unidas, 1970, 60 páginas.

- Revista Tricontinental nº 42, de Setembro de 1969, com o artigo «Angola: la
Lucha por su liberación» (pp. 18 a 33); Revista Tricontinental nºs 11-12, artigo

«Angola sept ans de victoires sur le colonialisme» (pp. 11 a 13).

Jornais clandestinos contra a Ditadura Militar

O Pelourinho nº 1, de 21 de Novembro de 1926; O Malho nº 1, sem data.; A

Verdade, nº 4, de Setembro de 1933 e nº 8, de Dezembro de 1933; A Barricada nº 2,

e Abril de 1936. Todos muito raros.

A nova bandeira republicana

- Bandeira Nacional. Modelo aprovado pelo Governo Provisório da República
Portuguesa, Lisboa, Imprensa Nacional, 1910, paginação inumerada. Edição oficial,
em papel encorpado, dirigida por Columbano, com reproduções a cores da bandeira
nacional, bandeira regimental, jack, emblemas das repartições do Estado e selo branco.

- A Nova Bandeira. Crítica a um artigo de Teófilo Braga, Lisboa, Editor Carlos
Mendes, 1910, 23 páginas.

- Lurhgarda de Caires, A Bandeira Portuguesa, Lisboa, Cernadas & Ca, 1910, 11
páginas.

- Humberto Beça, A Bandeira Portuguesa, reposta à ilustre poetisa Luthgarda de
Caires, Porto, Tipografa Universal, 1911, 16 páginas.

- A. Castro, A Bandeira Portuguesa, Porto, Oficinas de O Comércio dom Porto,
1913, XIII + 6 páginas, ilustrado.

Raras publicações maçónicas portuguesas (1849)

- Oração que na solene instalação do Grande Oriente e Portugal recitou o I. Cipião
Africano C. R. C. seu Gr. Orad. No dia 3 do AB (28 de Julho) do Na. Da V. L. de
5849, Lisboa, Tipografia do Gr. Or. de Portugal, 1849, 24 páginas.

- Discurso improvisado pelo I. Cipião Africano, Cav. R. + 33º Gr. Or. Inter. Da Gr.
Diet. Ger. Constituid. E Constit. da Maçon. Na Sessão de 16 de Julho (E.C.) por
ocasião da leitura do protesto apresentado pelo I. Ctesiphonio, Cav. R. +, Ferrol,
Imprenta de F. S. y A., 1849, 33 páginas.

O autor é José Maria de Sousa Monteiro, que tinha o nome simbólico de «Cipriano
Africano». Raríssimas publicações.

Livro sobre o Czar Paulo I (1818)

Descrição Histórica sobre a Vida, Reinado e Acções de Paulo I, Imperador e

Autocrata e todas as Rússias, primeira e segunda parte, traduzida do italiano para

português… por Luís José Ribeiro, Lisboa, Impressão Régia, 1818, 128 páginas,

encadernado. Obra muito invulgar.

Raro livro sobre o 31 de Janeiro de 1891 no Porto

Francisco Homem Cristo, Os Acontecimentos de 31 de Janeiro a minha Prisão,

Lisboa, Empresa Editora J. J. Nunes & Cia, 1891, 276 páginas. Com uma bela capa

da autoria de Alfredo de Morais. Uma das obras mais apreciadas sobre a malograda

revolta republicana de 31 de Janeiro de 1891 no Porto.

Revista O Grande e Horrível Crime! (1915)

O Grande e Horrível Crime! Revista semanal de combate e de crítica política e

literária. Nº 1, sem data e nº 2, de 18 de Setembro de 1915, ambas com 16 páginas.

Colaboradores, Bourbom e Menezes e Goncalves Costa. Revista muito crítica em

relação à vida política e cultural. Na Biblioteca Nacional só existe o nº 1. Muito rara.

Erótica – curiosidades

Conjunto de gravuras, desenhos originais, curiosidades e poemas de cariz erótico.

Raríssima obra de Antero de Quental

O que é a Internacional? O Socialismo contemporâneo. O Programa da

Internacional. A Organização da Internacional. Conclusões, Lisboa, Tipografia do

Futuro, 1871, 30 páginas. Célebre obra de Antero de Quental, publicada

anonimamente. Exemplar pior abrir, conservando as capas de brochura. Nestas

condições peça e colecção. Foi publicada na sequência de um encontro secreto

havido num barco no Tejo no qual participaram os emissários da Associação

Internacional dos Trabalhadores, os espanhóis Anselmo Lorenzo, Gonzaléz Morago

e Francisco Mora, os quais, após vários contactos, reuniram com José Fontana (que

terá sido o contacto do grupo em Portugal), Antero de Quental e Jaime Batalha Reis.

Peça da maior raridade para as colecções anteriana e do pensamento socialista em

Portugal.