Leilão - LIVROS

Portucale – Revista Ilustrada de Cultura Literária, Científica e Artística (1928-1955).

Notável revista cultural portuguesa. Nº 1, de Janeiro de 1928 ao nº 30, de 1955 - XVIII volumes da 1.ª

série + VI volumes da 2.ª série+ 3 números da 3.ª série] encadernada em 17 volumes. Colecção

completa. Sete anos depois de ter terminado a sua publicação, saíram alguns fascículos a partir de 1962,

intitulados «suplementos», com materiais nunca publicados. De qualquer modo, a colecção da revista

completa é a que aqui apresentamos. Directores da 1.ª série: Augusto Martins, Cláudio Basto e Pedro

Vitorino, da 2.ª série: Amorim de Carvalho, Kol d’Alvarenga, Pina de Morais, Sebastião Pestana & Veiga

Pires, da 3.ª série Joaquim Moreira. Colaboração de Adolfo Casais Monteiro, António Boto, Aquilino

Ribeiro, Hernâni Cidade, José Régio, Leite de Vasconcelos, Luís Chaves, Raul Brandão, Pina de Morais,

António Baião, António Sérgio, Jorge de Sena, Júlio Pomar, Teixeira de Pascoaes, António Ramos Rosa,

Jaime Cortesão. Colaboração artística de Abel Salazar, Alfredo Cândido, Roberto Nobre, Francisco

Valença. Diogo de Macedo, Júlio Pomar, Fernando Lenhas.

Exemplares em óptimo estado.

Reserva: 100€

A mais rara obra de Almeida Garrett

- Carta e M. Scevola, Londres, V. Slater, 1830, 8 páginas.

Publicado por Almeida Garrett quando estava exilado em Londres, critica o marquês de Palmela e a sua

parcialidade no apoio aos liberais moderados. O escritor arrependeu-se rapidamente de ter mandado

imprimir este folheto, procedendo à sua destruição. Gomes de Amorim, nas Memórias Biográficas de

Garrett, conta o sucedido: «Desta publicação, de que se tiraram 500 exemplares, só uns 100 seriam

distribuídos, os 400 foram destruídos (Volume I, p 511). Mucius Scévola foi o nome simbólico utilizado

por Garrett na Maçonaria.

Trata-se assim de espécime de uma enorme raridade, atendendo ao facto de terem sido destruídos 400

dos 500 exemplares. Quantos terão chegado até nós?

Reserva: 50€

Maçonaria (1823-1827)

Três publicações antigas:

- Manifesto do Grande Oriente Lusitano contra a loja Regeneração; circulares e protestos desta contra o Grande Oriente, Lisboa, Na Oficina da Horrorosa Conspiração, 1823, 46 páginas. 1ª Edição desta obra, a segunda é de 1829. Transcreve importantes documentos sobre a querela entre o Grande Oriente Lusitano e a Loja Regeneração, sendo assim os únicos documentos maçónicos conhecidos daquele época.

- O Vôvô Maçon ou Golpe de Vista sobre o Despertador Constitucional extraordinário do 1º de Fevereiro de 1825 impresso no Rio de Janeiro, Lisboa, na Impressão Régia, 1827, 27 páginas.

- Exorcismos contra os Incursos Maçónicos, Lisboa, Impressão Régia, 1827, 47 páginas.
Todos muito raros.

Reserva: 50€

Revista de Estudos Históricos (1924-1929)

Colecção completa.

A Revista de Estudos Históricos, considerada a primeira revista universitária de História em Portugal, foi

publicada pelo Instituto de Estudos Históricos da Faculdade de Letras do Porto, dirigida por Damião Peres,

reitor interino e professor da faculdade. O primeiro número duplo é de Janeiro a Junho de 1924. Embora

se anuncie como trimestral durante a fase inicial, só o foi durante o primeiro ano. No ano seguinte,

tornou-se quadrimestral e, em 1926, último ano da sua publicação, só seria publicado um único

número

triplo. Foi assim composta por dez números editados durante três anos. Os últimos, de 1926, apresentam

recensões a obras publicadas nos dois anos seguintes, todas assinadas por Damião Peres, bem como um

artigo de Ludovico de Meneses datado de Abril de 1928, o. Que nos leva a crer que os últimos volumes

não correspondem verdadeiramente à data da sua publicação (1926) mas sim ao final de 1928 ou início

de 1929. Reúne artigos sobre História, Literatura portuguesa e estrangeira, Numismática, Arqueologia e Antropologia. O principal colaborador foi o seu director, Damião Peres, autor de nove artigos, de um total

de vinte e oito, mas também se destacam António Mendes Correia, Pedro Vitorino, Artur de Magalhães

Basto, José Teixeira Rego e Ângelo Ribeiro, bem como Edgar Prestage, Paulo Merêa, Ludovico de

Menezes e o especialista em Estudos Hebraicos, Artur de Barros Basto.

Rara e muito bem encadernada.

Reserva: 50€

O Desaprovador (1818-1819)

Colecção completa (25 números mais um suplemento final, com um total de 209 páginas) deste periódico

inteiramente redigido por José Agostinho de Macedo. Essencialmente crítico, sobre literatura, política e

filosofia. Um dos periódicos mais raros do autor, publicado no ano do processo de Gome Freire de

Andrade.

Bem encadernado.

Reserva: 50€

O Toureiro (1836-1837)

Importante e raro jornal da esguarda liberal, profundamente anti cartista e apoiante da Revolução de

Setembro. Colecção seguida desde o nº 1, de 3 de Maio de 1836, ao 188, de 29 de Dezembro de 1837.

Curiosos cabeçalhos com motivos tauromáquicos. Com alguns defeitos e restauros, nomeadamente no

nº 1, afectanto parcialmente o texto, e manchas de humidade. Mesmo assim, é um periódico muito

importante para a história política da época. Na Biblioteca Nacional apenas existem alguns números

soltos. Encadernados em dois volumes.

Reserva:50€

Ribeiro Guimarães, Sumário de Vária História.

Narrativas, lendas, biografias, descrições de templos e

monumentos, estatísticas, costumes civis, políticos e religiosos de outras eras, [Lisboa], Rolland &

Semiond 1872- 1875, 6 volumes encadernados em dois. Obra completa e muito rara nestas condições.

Reúne os estudos publicados pelo autor no Jornal do Comércio. Este é o primeiro de cinco tomos

publicados. Muito procurada.

Reserva: 50€

Uma História de Portugal (1820-1834) na óptica miguelista

- Historia Contemporânea ou D. Miguel em Portugal. Motivo da sua Exaltação e a causa da sua

Decadência, Lisboa Tipografia do Centro Comercial, 1853, 388 páginas, seguindo-se:

Aditamento à História a Contemporânea ou D. Miguel em Portugal, Lisboa, Tipografia do Centro

Comercial, 1853. A paginação é seguida, incluindo o suplemento, com um total de 455 páginas, se bem

que a partir das 452, por erro do compositor, surge a numeração 153, 154 e 155.

Obra anónima, foi seu autor o livreiro lisboeta J. J. N Arsejas, conhecido miguelista e por isso mesmo

esta História é escrita sob o seu ponto de vista, criticando até duramente alguns dos que rodearam D.

Miguel. Inocêncio Francisco da Silva refere que se trata de uma obra muito rara: «a edição exauriu-se

dentro de pouco tempo. Os exemplares que aparecem no mercado têm subido a preço maus do triplo do

primitivo» (Dicionário Bibliográfico Português, X, p. 24).

Encadernação da época.

Em muito bom estado.

Reserva: 50€

2. O Panorama – Jornal Literário e Instrutivo (1837-1868)

Colecção completa esta importantíssima publicação fundada por Alexandre Herculano. Foi lançado em Maio de 1837, como órgão da Sociedade Propagadora dos Conhecimentos Úteis e publicou-se, semanalmente, com algumas interrupções e mudanças de propriedade, até 1868. O Panorama perfez cinco séries: no ciclo da primeira, 1837-1841, saíram 5 volumes; no ciclo da segunda, 1842-1844, publicaram-se 3 volumes; a terceira série, 1846-1856, correspondeu ao ciclo mais conturbado da vida do jornal: nos primeiros sete anos (1846-52) não conseguiu cumprir nem o ritmo (semanal) nem a meta anual de edições (52), além de ter estado suspenso, pelo que concluiu apenas 1 volume (52 números); a partir de 1853, a situação estabilizou e foram publicados mais 4 volumes; no conjunto, a terceira série, totalizou, portanto, 5 volumes; da quarta edição, 1857-1858, resultaram os 2 volumes previstos; e no ciclo da quinta série, 1866-1868, concretizaram-se mais três volumes.
As duas primeiras séries foram da responsabilidade da referida Sociedade. Alexandre Herculano desempenhou então um papel central na vida da publicação, tendo assumido a direção da redação até 1839. Posteriormente, a direcção da redacção poderá ter sido assumida por António Feliciano de Castilho, que assina o editorial de abertura do ano 1841; e por António de Oliveira Marreca, que assina o de 1843. Nos restantes anos, essa informação está em branco ou é assumida colectivamente pelos redactores. Dos colaboradores destacamos: António Feliciano de Castilho, Silvestre Pinheiro Ferreira, Alexandre Herculano Oliveira Marreca, José Félix Henrique Nogueira, Cunha Rivara, Latino Coelho, Rebelo da Silva e Gomes de Amorim

Conjunto raro e valioso, encadernado em nove volumes.

Reserva: 250€

O Mundo Literário (1946-1948)

Mundo Literário: Semanário de Crítica e Informação Literária, Científica e Artística. N.º 1, 11 de Maio de

1946 ao n.º 53, 1 de Maio de 1948. 1946-1948. Colecção completa de uma das mais importantes revistas

literárias portuguesas do século XX. Dirigida nominalmente por Jaime Cortesão Casimiro, o seu

responsável efectivo era Adolfo Casais Monteiro. Colaboração, entre outros: na poesia Carlos

Drummond de Andrade, Alexandre O’Neill, Eugénio de Andrade e Pedro Homem de Melo; na prosa,

Branquinho da Fonseca, Fernando Namora, Alves Redol, Joel Serrão, Jorge de Sena, Mário Sacramento,

Jacinto do Prado Coelho, João Gaspar Simões; no Teatro, António Pedro e Luiz Francisco Rebelo. Outros

colaboradores: Álvaro Salema, Aquilino Ribeiro, João José Cochofel, Júlio Pomar e Mário Dionísio.

Fundamental para a história da cultura em Portugal. Raro. Muito bem encadernado.

Reserva: 100€

Livros eróticos portugueses

Duas obras de Alfredo Gallis, ambas em primeira edição e raras:

- As Doze Mulheres de Adão. Fantasia bíblica e histórica através dos Séculos, Lisboa, Livraria Central,

1901, 449 páginas.

- A Devassidão de Pompeia, Narrativa galante e romântica da Libertinagem e dos Costumes pompeianos,

Lisboa, Empresa Editora, sem data, 299 páginas.

Alfredo Gallis (1859-1910), o mais prolífero autor de obras eróticas e pornográficas dos finais do século

XIX e início do seguinte.

Pão Nosso periódico republicano e anticlerical (1910)

Colecção completa deste semanário republicano portuense, nº 1, de 19 de Abril, a nº 23, de 28 de

Setembro de 1819. Importante para a reconstituição da história da época que antecedeu a implantação

da República. É uma publicação política, inteiramente redigida por Pádua Correia, um dos principais

dinamizadores da propaganda republicana no Minho, Douro, Beira e Trás-os-Montes. Colaborou nos

diários republicanos do Porto A Pátria (1909-1911) e A Montanha (1911-1936) — na época órgão do PRP.

Candidato republicano pelo círculo do Porto (Ocidental) nas eleições de 5 de abril de 1908 (pertencia à

comissão municipal local do Partido), foi deputado às Constituintes de 1911, tendo morrido em 1913. O

periódico ataca violentamente a monarquia, os crimes da ditadura de João Franco, com curiosas

referências à Carbonária, cuja existência justifica, e à utilização de bombas. Bem encadernado.

Reserva: 50€

José Joaquim de Almeida Moura Coutinho (Grão Mestre do Grade Oriente Lusitano em 1853 a 1861)

Duas obras deste político e jurista liberal:

- Manifesto do Bacharel José Joaquim de Almeida Moura Coutinho, Juiz da Relação dos Açores, Lisboa,

Impressão Liberal, 1834, 196 páginas. Bem encadernado.

- Resposta dada no Supremo tribunal de Justiça pelo Juiz da Relação dos Açores José Joaquim de

Almeida Moura Coutinho à acusação que lhe move o Ministério Público, Lisboa, Tipografia do Director,

1840, 32 páginas com um suplemento de 8 páginas.

Debate em torno do nosso primeiro liberalismo

- O Mestre Barbeiro da Aldeia, Carta gratulatória, correcional, adicionatória e apologética dirigida ao autor das Memórias para as Cortes Lusitanas, Lisboa, Oficina de António Rodrigues Galhardo, 1821, 28 páginas.

- O Bom Relógio e Repetição ou o Mestre Barbeiro da Aldeia que para descargo da sua Consciência empurrou nova Carta ao Editor das Memórias para as Cortes Lusitanas, Lisboa, Oficina de António Rodrigues Galhardo, 1821, 18 páginas.

- Carta ao Senhor Redactor do Diário do Governo, Lisboa, Impressão Liberal, 1822, 14 páginas.

- O Bicho Conta, em Duelo com a Borboleta ou deste modo o Azemel dos Frades do Carmo despicando seus Amos, Lisboa, Impressão Liberal, 1821, 18 páginas.

- O Diabo com Botas e o Borboleta: o Borboleta arrenegado contra o Bicho de Conta, e o Diabo com Botas a consolá-lo ou Diálogo entre dois amigos, o Borboleta e o Diabo com Botas, Coimbra, Imprensa da Universidade, 1822, 23 páginas.

- A Infiada dos porquês, que a todos põem de boca aberta, e em pasmaceira, tendentes a dar esclarecimentos sobre a conspiração da Rua Formosa, por Fr. J. R. M. Furtado, Lisboa, Impressão Liberal, 1822, 30 páginas. A chamada conspiração da Rua Formosa, descoberta em Abril de 1822, tinha como plano dissolver o Congresso, convocar Cortes com duas câmaras, sendo uma privativa da nobreza hereditária, depor D. João VI nomeando em seu lugar D. Carlota Joaquina, assistida de um conselho de regência, e dar ao infante D. Miguel o comando em chefe do exército — foi atribuída pela opinião pública a D. Carlota Joaquina.

O problema financeiro português em 1921

«Notas sobre o problema financeiro português», dirigidas ao ministro das Finanças António Maria da

Silva, com um total de 20 páginas dactilografados, datados de 7 e 22 de Março e 6 de abril de 1921, com

a assinatura autógrafa de Adrião de Seixas, secretário-geral do Banco de Portugal entre 1903 e 1926.

Oriundo da dissidência progressista, esteve ligado aos sectores carbonários e foi suspeito de ligação do

Regicídio. Documentos muito importantes e inéditos sobre a situação financeira portuguesa da época.

Novo Vocabulário Filosófico-Democrático

– publicação periódica miguelista (1831-1832)

Novo Vocabulário Filosófico-Democrático para todos os que desejam entender a nova Linguagem

revolucionária. Colecção completa, 13 números, em dois tomos, 1831 e 1832, com um total de 146

páginas, índices e errata. Embora tenha a indicação de se tratar de uma tradução do italiano de Lourenço

de Thiuli, jesuíta sueco, a maior parte do texto foi escrita pelo «tradutor» anónimo português. Obra

importante e rara sobre o pensamento político absolutista em plena guerra civil. Bem encadernado em

um volume.

Reserva: 30€

Relações económicas luso-britânicas (1834)

Posição em que se acha Portugal para com a Inglaterra segundo os Tratados entre os Dois Países, por

um Negociante Português, Lisboa, Tipografia de Filipe Nery, 1834, 102 páginas. Obra anónima, onde se

analisa com grande profundidade e autoridade as relações entre os dois países à luz do Tratado de 1810,

com a transcrição do mesmo, seguindo-se após cada artigo a sua análise, bem como da representação

dos portugueses em Londres feita em 1813 ao Príncipe Regente, o Tratado de Methuen e diversas notas,

Obra muito rara e do maior interesse para o tema.

Brochada.

Publicação periódica do I Liberalismo (1821)

Colecção completa da publicação periódica Cartas ao Senhor Pedro Alexandre Cavroé, Mestre do Ofício

de Carpinteiro de Móveis, nº 1 a 7, 1921. Da autoria de José Agostinho de Macedo, publicadas em

Lisboa, Imprensa Nacional, com, 16 a 23 páginas. Bem encadernado.

Pedro Alexandre Cravoé começou por ser marceneiro e depois dedicou-se às letras. Foi um destacado

liberal obrigado a exilar-se em 1828 no Brasil, onde foi protegido por D. Pedro.

Revista dos Génios de Ambos os Sexos (1815)

Colecção completa desta Revista dos Génios de Ambos os Sexos, passada em Virtude da Denúncia que

se lhes deu, da autoria de José Daniel Rodrigues da Costa. Nºs 1 a 5, com 32 páginas cada. É a

continuação, de forma autónoma, de O Tribunal da Razão, publicado em 1814. Encadernação modesta.

Muito raro nesta primeira edição. Há uma segunda em 1837.

Guerra Peninsular e Poder marítimo

Joaquim Anselmo da Mata e Oliveira, O Poder Marítimo na Guerra da Península, Lisboa, edição do autor,

1915, 520 páginas. Uma das raras obras sobre a vertente marítima da Guerra Peninsular, escrita por um

oficial da Armada, futuro contra-almirante e major-general da Armada, governador da Macau, deputado

na Monarquia e procurador à Câmara Corporativa. Obra com escassa tiragem dado ter sido edição do

autor apresentada como memória ao concurso comemorativo da Guerra peninsular.

Bem encadernado

Obra clássica do Marquês de Penalva

O Marquês de Penalva, D. Fernando Telles de Menezes, é conhecido como um dos mais importantes

teóricos do absolutismo. Este escrito, datado de 1806, circulou em cópias manuscritas e só foi impresso

em 1814, no Investigador Português em Inglaterra. Suscitou duas cartas em resposta. A edição em livro

só ocorreu em 1820, esta que aqui apresentamos, com o texto original e as duas cartas, sem indicação

dos autores, mas atribuídas ao Conde da Barca e a José Agostinho de Macedo. Veja-se Inocência

Francisco da Silva (Dicionário Bibliográfico Português, II, p. 279).

O Abade de Medrões em Defesa da Maçonaria (1822)

O Cidadão Lusitano breve compendio, em que se demostram os frutos da Constituição e os deveres do cidadão constitucional... por Inocêncio Francisco de Miranda Abade de Medrões, Segunda Impressão mais correta, e acrescentada, Lisboa: na Tipografia de M. P. de Lacerda, 1822, 144 Páginas, mais um apêndice com 22 páginas, onde transcreve o interrogatório pela Inquisição do Dr. Abrantes e Castro em 1809, acusado de maçon. Esta obra causou grande polémica. O Patriarca de Lisboa D. Carlos da Cunha, proibiu a sua leitura, em 1823, sob pena de excomunhão, e a Congregação do Índex, por decreto de 6 de Setembro de 1824, também tomou tal decisão.
Inocêncio António de Miranda (1758-1836), abade de Medrões, foi um destacado liberal e maçon, perseguido e preso pelo miguelismo. Publicou esta obra no contexto da afirmação do liberalismo, na qual defende a Maçonaria e critica o absolutismo.
Juntamos mais estas peças da polémica:
- Elencos dos Erros, Paradoxos e Absurdos que contém a Obra intitulada O Cidadão Lusitano, oferecido à Mocidade Portuguesa, Lisboa, Tipografia de António Rodrigues de Carvalho, 13 páginas. O autor anónimo era o prior-mor da Ordem de Cristo, D. Luís António Carlos de Furtado.
- Cartas do Ambrósio das Direitas ao Sr. Abade de Medrões, Lisboa, Tipografia de António Rodrigues Galharde, 1822, 18 páginas. O autor era o abade de Rebordãos, Francisco Gomes de Sepúlveda.
- Resposta à Carta de Ambrósio das Direitas sobre alguns artigos do Cidadão Lusitano, Lisboa,

Impressão da Viúva Neves e Filhos, 1822, 12 páginas.

Conjunto difícil de reunir e por isso mesmo raro.

D. Maria II

-Sincronismos do Reinado de Maria Segunda por um perseguido, Lisboa, 1848, 72 páginas. Sem a indicação da tipografia onde foi impresso, certamente por razões de segurança. O autor foi Joaquim António Nogueira. Muito crítico em relação a Costa Cabral e à rainha. Raro.

- Memória sobre a Sucessão da Coroa de Portugal no caso de Não haver Descendentes de Sua Majestade Fidelíssima a Rainha D. Maria II. S.l. (Paris?), Tipografia de Firmin Didot, s.d.. 36 páginas.

- Memória sobre a Sucessão da Coroa de Portugal no caso de Não haver Descendentes de Sua Majestade Fidelíssima a Rainha D. Maria I (escrita em 20 de Maio de 1835), Lisboa,Tipografia de Eugénio Augusto, 1836, 20 páginas.

Importante peça, nas duas edições publicadas, sobre a questão da sucessão de D. Maria II. Tendo casado por procuração com o príncipe Augusto de Beauharnais em 1 de Dezembro de 1834, e em pessoa em Lisboa em 26 de janeiro de 1835, este viria a morrer, em 28 de Março de 1835 de difteria. Casou de novo em Coburgo por procuração em 1 de Janeiro de 1836 e, em Lisboa, em pessoa, em 9 de Abril de 1836, com Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha, que passou a Rei Consorte, como Fernando II, em 16 de setembro de 1837, após o nascimento de um filho varão.
Este texto foi escrito após a morte de D. Augusto e antes do segundo casamento da rainha.

O Exército, segundo o general Raul Esteves

Raul Augusto Esteves, A Função do Exército, Lisboa, Papelaria Fernandes, 1906, 133 páginas. Obra de

um dos mais carismáticos generais portugueses do século XX, quando ainda era tenente, expondo o seu

pensamento quanto ao Exército e ao seu papel. Raul Esteves foi um dos organizadores do 28 de maio de

1926. Exemplar com dedicatória do autor ao conselheiro Vasconcelos Porto.

Bem encadernado.

Guerra da Maria da Fonte e Patuleia

- Colecção de Documentos Inéditos para a História da Guerra Civil em Portugal no ano de 1847 publicados e anotados por Manuel Lobo da Mesquita Gavião, Porto, Tipografia do Nacional, 1849, 87 páginas.

- Le Portugal avant et aprés 1846. Notes pour servir à l’Histoire contenporaine de ce Pays, Paris, Jules Renouard et Cia, s.d 77 páginas. Raro. Livraria Duarte de Sousa, nº 571.

- A Meditação ou o Espírito da Revolução do Minho, por D. R., Lisboa, Tipografia de I. H. C. Semedo, 1848, 41 páginas.

- Autópsia dos Partidos Políticos e Guarda-quedas dos Governos ou Ensaio sobre as contínuas Revoluções de Portugal, Lisboa, Tipografia da Gazeta dos Tribunais, 1847, 80 páginas.

Folhetos antifranceses – I Invasão (1808)

- Inventário dos Roubos feitos pelos Franceses em os Países invadidos pelos seus exércitos, Lisboa, Oficina de João Rodrigues Neves, 1808, 16 páginas.

- Carta de um general Francês escrita a Napoleão, Coimbra, Imprensa do Universidade, 1808, 8 páginas.

- Catecismo Civil e breve Compêndio das Obrigações de um espanhol, conhecimento prático da sua Liberdade e Explicação de seu Inimigo, Lisboa, Tipografia Lacerdiana, 1808, 8 páginas.

- Discurso ditado pelo patriotismo e dirigido aos Portugueses em que o Autor lhes prova o Amor que se deve à Pátria, com uma profecia política sobre a próxima decadência do Império Francês, Lisboa, Imprensa de Alcobia, 1808, 47 páginas.

- Furores, Remorsos, Transportes e Delírios do Tirano e Falsário Bonaparte, Lisboa, Tipografia Lacerdiana, 1808, 14 páginas. O autor, FLJC é Felisberto Inácio januário Cordeiro.

Folhetos anti-napoleónicos portugueses

- Relação do que se obrou na Vila de Estremoz depois que ali se recebeu a notícia da feliz restauração destes reinos, sem local de edição, 1808, 4 páginas.

- Epístola às Senhoras Portuguesas na Ocasião de irem para a Guerra os Regimentos de Portugal no princípio do ano de 1809, feita por um patriota militar J. X. F. T. (Francisco Xavier Ferreira Taborda), Lisboa, Impressão Régia, 1809, 24 páginas.

- Despertador ou único Meio d Salvar a Espanha Obra de um Patriota espanhol traduzida em Português, Lisboa, Impressão Régia, 1811, 14 páginas.

- António Maria do Couto, O Fadário do general Marmont ou Consolação aos Portugueses, Lisboa, Impressão Régia, 1811, 20 páginas.

- Nuno Álvares Pato Moniz, Congratulação à Pátria. Ode, Lisboa, Oficina de João Rodrigue Neves, 1808, 14 páginas

Emigrados Liberais na Bélgica (1830)

- Exposição Apologética dos Portugueses emigrados na Bélgica que recusaram prestar o Juramento deles exigido no dia 26 de Agosto de 1830, Bruges, Imprensa de C. de Moor, 1830, 55 páginas.
Da autoria de António Luís Seabra – futuro visconde de Seabra, autor do Código Civil.
Estes emigrados recusaram prestar juramento ao governo d regência na Terceira, com argumentos políticos e jurídicos. Junta-se:

- Cópia, de José Ferreira Borges, Londres, C. S. Bingham, 1830, 4páginas, manifestando igual disposição.

Muito rara.

Morte de D. João VI (1826)

Conjunto de publicações.

- Oração Fúnebre na Exéquias do Muito Alto e Poderoso Senhor D. João VI Imperador do Brasil e Rei de Portugal e Algarves recitada na Santa e Real Casa da Misericórdia da Cidade de Braga, por Inácio José de Macedo, Porto, Imprensa do Gandra, 1826, 21 páginas.

- Relação das Solenidades praticadas como Sentimento público da Muito Nobre, Muito Antiga e Sempre Leal Cidade do Porto na ocasião da levantada Morte do
Muito Alto e Poderoso Senhor D. João VI Imperador do Brasil e Rei de Portugal e Algarves que Santa Glória haja, Porto, Imprensa do Gandra, 1826, 24 páginas.

- Lágrima patrióticas pela infausta Morte do senhor D. João VI Rei de Portugal etc Elegia composta por Vicente Pedro Nolasco, Lisboa, Impressão de João Nunes Esteves, 1826, 7 páginas.

- Á Deplorável Morte do nosso verdadeiro Pai, Imperador e Rei o Senhor D. João VI. Elegia, António Joaquim de Mesquita e Melo, Porto, Tipografia da Viúva Alvarez & Filhos, 1826, 4 páginas.

-Panegírico de Sua Majestade Imperial e Real o Senhor D. João VI de saudosa Memória dirigido aos Portugueses de Ambos os Hemisférios, Lisboa, Impressão Régia, 1826, 24 páginas.

Para completar a colecção do Português Constitucional em Londres (1832)

O Inominado para escapar aos Chocalheiros, Opúsculo destinado a completar as assinaturas do

Português Constitucional em Londres, Londres, Greenlaw, 1832, 33 páginas. Raríssima publicação

anónima, cujo autor foi Paulo Midosi, responsável pela edição de O Constitucional Português em Londres.

Este periódico foi publicado naquela cidade por emigrados liberais portugueses em 1832 (13 números).

Obrigado a suspender a publicação por pressão das autoridades, Paulo Misodi publicou O Inominado para

completar a assinatura do jornal e para explicar o processo que levou ao seu fim. Naturalmente da maior

raridade e importante para a história da emigração liberal em Inglaterra.

Raro

A Trombeta Final (1827-1828)

Importante conjunto de um dos mais relevantes periódicos miguelistas que e publicou entre 1827 e 1832

num total de 167 números, com uma interrupção entre 23 de Agosto de 1828, retomando a 23 de

Novembro de 1831. Foi seu redactor Faustino José da Madre de Deus um dos mais destacados partidários

de D. Miguel e seu propagandista. Conjunto de 74 números da primeira série, sendo o último o nº 121,

de 23 de Agosto de 1828.

Apesar de incompleta é uma importantíssima publicação miguelista de raridade evidente.

Encadernado.

Infanta Isabel Maria

Três raras publicações:

- Ode à Sereníssima Senhora Infanta Dona Isabel maria Regente destes Reinos, Lisboa, Impressão de José Nunes Esteves, 1826, 8 páginas
-Elogia dedicado à Sereníssima Senhora D. Isabel Maria, Lisboa, Tipografia de António Lino de Oliveira, 1826, 4 páginas.

-Biografia da Sereníssima Senhora Infanta D, Isabel Maria, sem data nem local de impressão, 20 páginas.

Esta última obra é de autoria de Joaquim José Rodrigues de Bastos, como refere Inocêncio Francisco da Silva, que sublinha a sua extrema raridade: «não me foi possível ver até agora algum exemplar desta obra, que segundo se afirma nunca se pôs à venda» (Dicionário Bibliográfico Português, IV, p. 394).

Manuel Fernandes Tomás

Os escritos de Manuel Fendes Tomás depois de 1820 são escassos. Estes dois são dos mais procurados:

- Carta do Compadre de Belém ao Redactor do Astro da Lusitânia dada à Luz pelo Compadre de Lisboa, Lisboa, Oficina de António Rodrigues Galhardo, 1820, 20 páginas.

- Carta Segunda do Compadre de Belém ao Redactor do Astro da Lusitânia dada à Luz pelo Compadre de Lisboa, Lisboa, Oficina de António Rodrigues Galhardo, 1821, 22 páginas.
Inocêncio identifica o «Compadre de Belém» como sendo Manuel Fernandes Tomás, informação que é dada por Xavier de Araújo, antigo membro do Sinédrio, nas suas memórias.

Junta-se:

- Carta do Compadre de Lisboa em Resposta a outra do Compadre de Belém ou Juízo Crítico sobre a Opinião Pública, dirigida pelo Astro da Lusitânia, Lisboa, Impressão de Alcobia, 1821, 21 páginas. Resposta às anteriores.

Todas de extrema raridade.

Reserva: 50€

Corpo de Voluntários Académicos (1826)

Conjunto de publicações sobre esse corpo de voluntários da Universidade de Coimbra que combateram contra os miguelistas.

- Apologia dirigida à Nação Portuguesa para plena justificação do Corpo de Voluntários Académicos do ano de 1826, Coimbra, Imprensa de Trovão e Companhia, 1827, 33 páginas, mais 15 de notas, mais 20 de documentos., Esta obra anónima é de autoria de Francisco António Fernandes da Silva Ferrão.

- Adição à Apologia dos Voluntários Académicos ou Pensamentos sobre a Campanha do Batalhão de Voluntários Académicos, por um Soldado, Coimbra, Imprensa de Trovão e Companhia, 1827, 26 páginas. O autor não foi identificado.

- Relação de todos os Indivíduos que compuseram o Batalhão de Voluntários Académicos, Coimbra, Imprensa de Trovão e Companhia, 1827, 12 páginas. Este último folheto com alguns defeitos que afectam ligeiramente o texto em duas páginas.
Muito raros e fundamentais para a história da guerra civil no seu início, após a proclamação da Carta Constitucional e da participação dos estudantes.

Situação Financeira da I República

Conjunto de documentos originais.

- Relatório de 1920 sobre a actuação financeira do estado de 1910 a 1919, nomeadamente sobre as contas de gerência de cada ano. Dactilografado, 5 páginas. Com anotações.

- Projecto, dactilografado, de um crédito não inferior a um milhão de libras, aa obter em Londres. 2 páginas, com anotações manuscritas. (1922?).

- Preâmbulo justificativo de um decreto, que visava a nacionalização dos seguros de vida, transportes marítimos, terrestres, postais, incêndio, roubo etc. 6 folhas dactilografadas. (1921?).

- Extenso documento com 22 páginas, dactilografadas com anotações manuscritas, datado de 25 de Novembro de 1923, com um conjunto de medidas de carácter económico e financeiro, incluindo a redução de vencimentos de funcionários públicos, redução dos quadros do funcionalismo, novo estatuto dos funcionários civis do estado, impostos adicionais, etc.

Documentos importantes para a história da I República.

Documentos das Invasões Francesas

Três documentos raríssimos e da maior importância:

- Edital da Junta Provisional do Governo Supremo, assinado pelo seu presidente, Bispo do Porto, sobre

os processos e presos, datado de 26 de Junho de 1808.

- Proclamação do general Bernardim Freire de Andrade sobre a relação a ter com as tropas inglesas,

datado do Porto, 17 de Novembro de 1808.

-Proclamação do Conselho de Guerra, datada de 11 de Dezembro de 1808chamando às armas todos os

portugueses para «que se arme pelo modo que a cada um for possível: que todos os homens, sem

excepção de pessoa, ou classe, tenham uma espingarda, ou pique com ponta de ferro» …

- 6 Editais e avisos diversos, de1811 e 1812.

Com alguns defeitos mas todos muito raros.

A Invasão de Portugal pelo Duque de Alba (1580)

F. Sá Chaves, A Invasão do Duque de Alba (1580), Lisboa, Tipografia Universal, 1913, 53 páginas.

Notável e pioneiro estudo, da autoria de um dos mais notáveis historiadores militares portugueses, sobre

a entrada em Portugal do Duque de Alba em apoio da pretensão de Filipe II ao trono.

Com dedicatória manuscrita do autor.

Bem encadernado

Obras raras de Garrett

- Discurso do sr. Deputado pela terceira J.-B. de Almeida Garrett, na discussão da resposta ao discurso da coroa, pronunciado na sessão de 8 de fevereiro de 1840, Lisboa, Imprensa Nacional, 1840, 35 páginas.
É o célebre «discurso do Porto Pireu», proferido por Garrett em 8 de Fevereiro de 1840, na Câmara dos Deputados, na discussão da "Resposta ao Discurso da Coroa", em resposta a José Estêvão, conhecido como o Discurso do Porto Pireu, alusão a uma passagem da intervenção do orador anterior.

- Memória Histórica do Conselheiro A. M. L. Vieira de Castro, Tipo. de José Baptista Morando, Lisboa, 1843, 34 páginas. Publicado sem o nome do autor (Garrett), com um retrato do homenageado.

- Elogio Fúnebre de Carlos Infante de Lacerda Barão de Sabroso, Lisboa, Editor RV, 1900, 13 páginas, Das célebres edições Aurora do Cavado. Tiragem de apenas 15 exemplares, fora do mercado, 30 em papel de linho (de que este é o nº 10) e 120 em papel de algodão.

Peça de colecção.

Vinhos do Douro

- Instruções da Feitoria Inglesa a respeito dos Vinhos do Douro. Setembro de 1755, 44 páginas.

- Suplemento à Memória primeiros Ensaios para o Exame Imperial impressa em Paris em que se propõe como útil que a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, reformada, e apropriada ao actual sistema de Governo, seja conservada (…), Por M. J. M., Lisboa Tipografia Rolandiana, 1821, 35 páginas.

- José Acúrcio das Neves, Petição documentada e dirigida a El rei Nosso Senhor, Lisboa, Tipografia de Simão Tadeu Ferreira, 1823, 28 páginas. Sobre o convite que lhe foi feito pela Junta de Administração da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, com transcrição de documentos.

Corpo de Voluntários Académicos (1826)

Apologia dirigida à nação portuguesa para plena justificação do corpo dos Voluntários

Académicos do ano de 1826, contra as falsas e caluniosas imputações forjadas ao

mesmo Corpo pelos Inimigos do Senhor Dom Pero IV e da Carta Constitucional,

Coimbra, Imprensa de Trovão e Companhia, 1827, 33 páginas, seguido de Documentos

(15 páginas). Junto com Adição à Apologia dos Voluntários Académicos ou pensamento

sobre a Campanha do Batalhão de Voluntários Académicos nos Meses de Dezembro de

1826 e Janeiro de 1827. Por um Soldado, Coimbra, Imprensa de Trovão e Companhia

1827, 26 páginas, seguindo-se a «Relação de todos os Indivíduos que compuseram o

Batalhão dos Voluntários Académicos» (12 páginas). O autor anónimo foi Francisco

António. Fernandes da Silva Ferrão. A obra mis completa sobre o Batalhão académico

formado em Coimbra. Com carimbos antigos de posse.

Revista Histórica de Portugal (1840)

Revista Histórica de Portugal desde a Morte de D. João VI até ao Falecimento do Imperador D. Pero,

Coimbra, Imprensa de Trovão e Companhia, 1840, 386 páginas, 1ª edição Houve uma segunda edição

em 1846. História dessa época conturbada, publicada sem o nome do autor, que foi o padre José de

Oliveta Berardo, reitor do Liceu de Viseu e sócio da Academia das Ciências de Lisboa. Esta obra foi

elogiada pelo jornal O Panorama, que a considerou bem escrita e imparcial. Bonita encadernação da

época.