Arcádia Lusitana- Com desenho original
Livro
Alessandro Guidi- Poesie. Veneza, 1771. Encadernação da época em carneira
.356 p.
Exemplar desta obra poética italiana, com a excepcional particularidade de, para
além de ter a assinatura de posse de Teotónio Gomes de Carvalho (Tirse
Menteo), ter ainda um desenho original (paisagem) de sua autoria no final. Foi
um dos fundadores da famosa Arcádia Lusitana. Excepcional peça de colecção.
A Arcádia Lusitana, também conhecida como Arcádia Olissiponense, foi uma
reputada academia literária de Portugal em meados do século XVIII.
Foi fundada em setembro de 1756, na cidade de Lisboa, por iniciativa de três
jovens juristas, recém-chegados de Coimbra, "em busca de integração no
funcionalismo público" [1] , os poetas Cruz e Silva (Elpino Nonacriense), Manuel
Nicolau Esteves Negrão (Elmano Sincero) e Teotónio Gomes de Carvalho (Tirse
Menteo), que publicaram os Estatutos da Arcádia [2] . Aos fundadores juntou-
se Correia Garção ( Coridon Erimanteo ), Reis Quita (Alcino Micénio) e Manuel de
Figueiredo (Lícidas Cíntio).
A efémera existência desta instituição (entrou em declínio em 1759 e extinguiu-
se em 1776) não impediu que desse um importante contributo para a renovação
oitocentista que se seguiu nas letras do país. Em 1790 renasceu em Lisboa sob a
designação de Nova Arcádia, integrando nomes como os de Bocage (Elmano
Sadino), Francisco Joaquim Bingre (Francélio Vouguense), Curvo Semedo, José
Agostinho de Macedo (Elmiro Tagideu), Nicolau Tolentino, Francisco Manuel do
Nascimento (Filinto Elísio) e a marquesa de Alorna (Alcipe). Extinta
definitivamente em 1794, deixou a publicação do "Almanaque das Musas" como
testemunho do seu trabalho.