Leilão - LIVROS E GRAVURAS

Um Inventor e Cientista Português do Século XVIII

Bento de Almeida Portugal, Inventos e vários Planos para Melhoramentos

deste Reino, escritos nas Prisões da Junqueira, Coimbra, Imprensa das

Universidade, 1821, 223 páginas. O autor foi preso em 1760 e permaneceu

detido até à morte de D. José. Tendo viajado por diversos países estrangeiros

com o objectivo de se instruir, durante o tempo em que esteve encarcerado

dedicou-se à escrita. Este livro, publicado postumamente, contém tudo o que

se salvou de 28 cadernos em que escrevera as suas descobertas e projetos.

Inocência refere que «em poder do Sr. Figanière vi um exemplar deste

opúsculo que é muito pouco vulgar» (Dicionário Bibliográfico Português,

Volume I, pp. 352).

Polémica sobre a Maçonaria (1825-1827)

- O Vovó Maçon ou golpe de vista sobre o Despertador Constitucional,

Lisboa, Impressão Régia, 1827, 24 páginas. Folheto publicado no Brasil em

1825, contra o liberal e maçon Domingos Moniz Barreto, que então tinha

77 ano. Moniz Barreto respondeu com

- Apologia da Religião no Espiritual e dos Impérios no temporal contra as

erradas Doutrinas do Fanatismo e Hipocrisia expandidas no Folheto O

Vovô Maçon e nas Sete Cartas que têm por título Antídoto Salutífero, Rio

de Janeiro, Tipografia de Torres, 1825, 39 páginas, mais a Resposta às

Sete Cartas (…), 51 páginas. Rara 1ª edição brasileira. Ambos muito raros.

Reserva: 50€

Obras antimaçónicas de autor brasileiro (1827)

- Antidoto salutífero contra o Despertador Constitucional extranumerário
Nº 3. Dividido em sete cartas dirigidas ao autor daquele folheto impio,
revolucionário, e execrável. Para benefício da mocidade brasileira,
especialmente da fluminense, por hum seu patrício fiel aos deveres que
lhe impõe a religião, e o Imperio. Lisboa, Na Impressão Régia, 1827, 166
páginas. (1827). Segunda edição (em Lisboa) desta obra impressa pela
primeira vez no Rio de Janeiro em 1825, na qual são atacados
violentamente os maçons brasileiros, em especial «O Despertador
Constitucional», de Domingos Alves Branco Moniz Barreto. Nem Borba de
Moraes (1983) II, 774 nem Inocêncio Francisco da Silva (Dicionário
Bibliográfico Português, V, 294 e XVI, 31) referem esta obra.

- Exorcismos contra os incursos maçónicos, ou continuação das cartas do
que vê, e não ouve em resposta à apologia da religião, e do império pelo
Despertador Constitucional: dedicados aos amantes da religião, e do
império para benefício da mocidade brasileira, Lisboa, na Impressão
Régia, 1827, 147 páginas. A edição original é de 1826, impressa no Rio de
Janeiro em 1826. Obras anónimas atribuídas ao eclesiástico brasileiro Luís
Goncalves dos Santos (1767-1844), futuro cónego da Capela Imperial.
Embora com títulos diferentes, são a continuação uma da outra, o que é
confirmado pelo conteúdo e pelo facto de as cartas na primeira obra
serem numeradas de 1 a 7 e na segunda de 8 a 12. Muito raras e com
elevada cotação internacional.

Reserva: 50€

Robespierre – 1ª edição de um dos seus discursos (1792)

Discours de Maximilian Robespierre sur la guerra, sem local de impressão

nem tipografia, 76 páginas. Primeira edição deste discurso de Robespierre

sobre a guerra, anterior à sua ascensão ao poder. Peça de grande raridade e

muito procurada internacionalmente para as colecções sobre a Revolução

Francesa.

Legislação pombalina de carácter económico

15 Alvarás e decretos sobre: Iates e outras embarcações que vão buscar sal
a Setúbal (1762); Alfândegas de Viana, Vila do Conde, Aveiro, Caminha,
Esposende e Figueira (11 páginas) 1774; criação de um juiz de fora em
Penaguião (1775); direitos dos produtos embarcadas em Vila Velha de
Rodão (1759); extinção do Almoxarifado dos Fornos de Vale de Zebro
(1776); redução que paga o povo da Vila de Arruda sobre os géneros
comestíveis (1776); exportação de fazendas para fora do Reino (1758);
aforamento dos baldios e bens dos concelhos (1766); cobrança das rendas
dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, no Porto (1772); penas
aplicadas nos Estatutos dos Mercadores das cinco Classes do Comércio de
Lisboa (1770); emprazamentos dos bens próprios das comendas das Ordens
Militares de Cristo, S. Bento de Avis e Santiago da Espada (1772);
provedorias dos Resíduos das Capelas da Cidade de Lisboa (1772);
mercadores falidos e contrabando (1771); mercadores falidos (1760);
lacradores que cultivam as herdades da Província de Alentejo (1774).

As Letras do Barracão (1829)

As Letras do Barracão ou o Desafogo de um Académico sobre as injustiças do
Senhor Cândido José Xavier, Paris, Na Tipografia de J. Tastu, 1829, 26 páginas.
Raríssimo folheto publicado em Paris, criticando a conduta de alguns
dirigentes liberais. O autor, identificado como MAD, é Miguel António Dias,
destacado maçon e liberal, autor das primeiras obras sobre a Maçonaria em
Portugal. Este é o seu primeiro escrito publicado, muito procurado para as
colecções sobre a Guerra Civil. Inocêncio refere que é «difícil hoje de
achar», como o0 são todos os opúsculos e papéis avulsos publicados pelos
portugueses emigrados no período de 1828 a 1833» (Dicionário Bibliográfico
Português, Volume VI, p. 221).

Rara publicação periódica absolutista (1827)

Carta de José Agostinho de Macedo ao seu Amigo JJPL, Lisboa, na Impressão

Régia, 32 cartas com uma média de 12 páginas, entre Maio e 13 de Novembro

de 1827, com um total de 384 páginas. Importante publicação periódica. Sob a

forma de cartas dirigidas a Joaquim José Pedro Lopes, que foi redactor da

Gazeta de Lisboa. É muito visado o Português, onde Garrett teve um papel

importante. Veja-se Joseph Conefrey, Jornais, Séries e Periódicos

portugueses 1826-1834, pp. 32 e 33. Desencadernado.

Reserva: 30€

Publicação periódica sobre a Revolução de 1820

O Templo da Memória ou Observador Constitucional, Lisboa, na Impressão

Régia, 1820. Colecção completa desta raríssima publicação periódica, 10

números publicados, todos com 12 páginas. O seu autor foi Francisco Baptista

Oliveira de Mesquita, o «Mechas», livreiro alfarrabista de Lisboa, liberal que

teve que se exilar pelas perseguições sofridas. Obra importante para a

história da Revolução de 1820. Veja-se Inocêncio Francisco da Silva,

Dicionário Bibliográfico Português, Volume IX, p. 268.

Reserva: 50€

Cerco do Porto – Guerras Liberais

História abreviada dos Acontecimentos do Cerco da Cidade do Porto durante

os anos de 1832 e 1833, Lisboa, Tipografia de Lucas Evangelista, 1851,m 56

páginas. Invulgar obra sobre o cerco do Porto, com muitos pormenores sobre

a batalha de Almoster e, em especial, sobra o ataque a Beja pelos liberais em

Julho de 1833.

Publicação periódica liberal moderada (1827)

Colecção completa de O Fiado descosido, ou Calva dos constitucionais

exaltados posta a mostra dialogo entre hum velho corcunda, hum velho

liberal, hum moço constitucional exaltado, Lisboa, na Impressão Régia, 1827,

5 números publicados com 12 páginas cada. Raríssima publicação, anónima,

cujo autor foi José Machado, «O Batalha», e o editor livreiro Francisco José

de Carvalho. O autor critica tanto os absolutistas como os liberais radicais.

Importante para o estudo das ideias políticas no Portugal de então. Veja-se

Joseph Conefrey, Jornais, Séries e Periódicos portugueses 1826-1834, p. 74

Reserva: 50€

Uma joia da literatura erótica europeia

L’Aretin Français par un membre de l’Academie / j’apelle un Chat un Chat

boilleaux. Magnífica edição clandestina francesa deste clássico do

erotismo, com os poemas de Aretino. Obra sem indicação do editor, local

de edição e data. Com uma gravura alegórica e frontispício finamente

gravado, seguindo-se um aviso do editor e 18 gravuras sobre desenhos

atribuídos a Jules Romain (Giulio di Pietro di Filippo de Gianuzzi 1492-

1546) em página inteira, acompanhadas por um poema e outra pequena

gravura. Cremos que data do início do século XIX. Não consta das diversas

edições conhecidas desde 1787, descritas por Pascal Pia (Les Livres de

l’Infer, pp. 86 a 94). Com uma bela encanação com pastas com ferros

dourados. Peça de colecção, da maior raridade e alta cotação no mercado

internacional.

Reserva: 150€

O ataque a Albufeira por Guerrilheiros miguelistas em 1833

Memória dos Desastrosos Acontecimentos de Albufeira por ocasião da Invasão

dos guerrilhas em Julho de 1833, Lagos, Tipografia Lacobrigense, 1873, 127

páginas. Publicação muito rara, relata, na primeira pessoa, um dos episódios

mais sangrentos da História recente do Algarve, o cerco e invasão a Albufeira,

por guerrilheiros miguelistas, em Julho de 1833. O autor parece ter sido

Francisco António da Silva Cabrita, eclesiástico e personagem influente de

Albufeira, Esta é a primeira e raríssima edição, Houve uma segunda, em 1894,

em Tavira, e uma terceira em 1990, nas Publicações Alfa. Exemplar em

excelente estado, dada a qualidade do papel, conservando as capas de brochura.

Reserva: 50€

Guerra Peninsular – gravura portuguesa

Sete Dragões Franceses mortos defronte de Badajoz pelo bem dirigido tiro de

Artilharia do célebre Português João Farinha. Rara gravura portuguesa da Guerra

Peninsular, alusiva ao cerco de Badajoz em 1811. Impressa a preto, colorida à

mão. Deve ser dessa data ou de 1812. Não encontrámos exemplares em

bibliotecas e arquivos portugueses.

1ª Invasão Francesa – gravura portuguesa

Gravura a preto, com a legenda «Vista da Praça do Rocio na qual se representa a
desordem e terror dos Franceses no dia do Corpo de Deus no ano de 1808, os
quais tumultuosamente largaram as Armas e desempararam a Artilheria pelo
susto que o povo lhes causou e os boatos que corriam: já chegarão os Ingleses».
Bela gravura, importante para a História da I Invasão Francesa e para a História de
Lisboa. Com as legendas: 1.Palácio da Inquisição em cuja varanda principal
estava Junot. / 2.Entrada de S. Domingos. / 3. Quarteirão de S. Domingos. / 4.
Entrada da praça da Figueira. / 5.Embocadura da rua Augusta. / 6.Vista do Castelo.
/ 7.Arco da bandeira por onde fugiu a cavalaria francesa. / 8. Artilharia francesa
desamparada. / 9. General de Artilharia dando parte a Junot do terror das suas
tropas. / 10. Entrada da rua dos Ourives de ouro.

Muito rara.

Reserva: 50€

Rara gravura portuguesa sobre a I Invasão Francesa (1808)

Impressa a preto, colorida à mão, com legenda: «Porto (sic) de Leiria: dous

soldados portuguezes forão sercados pelo inimigo porem disparando aquelles

suas pistolas e fizeram fugir vergonhozamente 22 francezes de cavallaria. Mez de

Julho de 1808» . Não encontrada em arquivos e bibliotecas portugueses.

Raríssima.

Reserva: 50€

Caricatura antinapoleónica de George Cruikshank(1814)

Napoleão fabricante de reis e imperadores. Curiosa caricatura da autoria do
grande artista inglês George Cruikshank (Londres, 27 de setembro de 1792 –
Londres, 1 de fevereiro de 1878). Colorida à mão. Impressa em 21 de Abril de
1814 por H. Humphrey. Com pequenos restauros sem falha de papel. Veja-se o
exemplar do British Museu, departamento de Prints & Drawings, registo nº 1859.0316. 1067.

Caricatura antinapoleónica de George Cruikshank(1814)

Luís XVIII, no trono francês, olha para Napoleão exilado em Santa Helena. Gravura

colorida à mão. Impressa em 26 de Outubro de 1815 por W. Hone, em Londres.

Peguena falta de papel no canto superior esquerdo sem afectar a imagem.

Caricatura antinapoleónica francesa (1814)

Gravura a preto, colorida à mão, em que o Rei de Roma diz a Napoleão, seu pai:

«Ah Papá, que belas bolas de sabão que tu fizeste». Alusão aos países dominados

ou colocados sob tutela, um dos quais a Espanha. De autor desconhecido, data de

1814, após a primeira abdicação do Imperador. Veja-se o exemplar do British

Museum, registo nº1856,0712.650 do Department of Prints & Drawings e

Catherinne Clerc, La caricature contre Napoléon, Éditions Promodis, 1985, nº.37.

Gravura portuguesa – 2ª Invasão Francesa (1809)

Gravura a preto sobre a tentativa falhada de passagem do Rio Minho pelos

franceses em Fevereiro de 1809. Com legendas. Pequena mancha de humidade e

restauro no verso que não afecta a imagem. De grande raridade.

Reserva: 50€

Obra sobre a queda de Robespierre (1795)

Rapport fait au nom de la commission chargée de l’examen des papiers trouvés

chez Robespierre et ses complices. Paris : Imprimerie nationale des lois, Nivôse

an III de la République (1795), 408 páginas., (1 f.). Celebre relatório do membro

da Convenção Courtois (1754-1816), amigo de Danton, na sessão da Convenção

Nacional de 5 de Janeiro 1795, seis meses após a queda e morte de Robespierre.

Este livro é importante para o conhecimento do papel e carreira revolucionária

daquele célebre político. Reune121 documentos justificativos, correspondências

e ensaios políticos etc. Obra muito rara e procurada. Desencadrnado. A Ader

Nordmann & Doninique, de Paris, vendeu em leilão um exemplar, em Abril de

2026, por 2700 euros, sendo a previsão de venda de 600 a 800.

Obras de Domingos dos Reis Quita (1831)

Obras de Domingos dos Reis Quita, chamado entre os da Arcádia Lusitana Alcino

Micenio, Lisboa, Tipografia Rolandiana, 1831, Tomo I (220 páginas) e Tomo II (200

páginas), completo. Terceira edição, póstuma, deste original poeta a Arcádia,

cabeleireiro de profissão, primorosamente encadernados em um volume

Contra D. Miguel

L’Influence de du Ministere Anglauis dans l’Usurpasion de Don Miguel, Rennes,

1830, 81 páginas. Obra publicada por um emigrado liberal português em Rennes

acusando o governo de Londres de cumplicidade na tomada do poder por D.

Miguel. Foi atribuída sem fundamento a José Liberato Freire de Carvalho.

Dividem-se as opiniões sobre a sua autoria, entre José Pinto Rebelo de Carvalho

e Francisco Rebelo Leitão, sem que se tenha chegado a uma conclusão. Peça

muito rara.

Um livro proibido em 1815

Conheça o mundo os Jacobinos que ignora, ou, Exposição das verdades católicas:

Contra os artigos fundamentais do sistema anárquico dos teólogos regalistas do

seculo XVIII e do presente /em quatro folhetos/ Londres, Impresso por W. Lewis

em St. John’Square, 1812, 145 páginas. Obra anónima, o seu autor foi o padre José

Morato que a introduziu clandestinamente em Portugal. A obra foi considerada

subversiva e por isso mesmo proibida, por edital de 13 de Março de 1815 por

trazer «veneno e contágio o mais pernicioso na sociedade civil». Veja-se a

descrição do processo em Inocêncio Francisco da Silva, Dicionário Bibliográfico

Português, Volume 5, pp. 77 a 80), que refere a grande raridade da obra por ter

sido proibida e apreendida: «é hoje raro em Portugal»

Reflexões sobre o Pacto Social e acerca da Constituição de Portugal (1821)

Reflexões sobre o Pacto Social e acerca da Constituição de Portugal, por um

Cidadão Português, Outubro de 1820 Primeiro mês da Liberdade Lusa, Lisboa, na

Impressão Nacional, 1821,m 91 páginas. Obra de autor anónimo insere-se no

debate sobre a nova constituição e o modelo político a adoptar. Curiosamente, o

autor defende que apenas as ilhas da Madeira, Açores e Cabo Verde e alguns

pontos de África deveriam fazer parte dos domínios portugueses, e que o Brasil

devia ser independente, só ligado a Portugal por laços de amizade e por tratados

de aliança e comércio.

Muito raro

Cerco do Porto – Hugh Owen (1836)

A Guerra Civil em Portugal. O Sítio do Porto e a Morte de Don Pedro, por um

Estrangeiro, Impresso em Londres em 1836, 275 páginas. O autor é o coronel Hugh

Owen (1784-1861), oficial britânico que participou na Guerra Civil ao lado dos

liberais, 1ª edição em português, publicada no mesmo ano em que saiu a edição

em inglês. ma segunda edição aparece em 1870, mas sem o texto integral. Obra

importante sobre a Guerra Civil, Este exemplar apresenta uma dedicatória

autógrafa do autor a José Ribeiro, datada de 1846, o que o torna muito invulgar.

Bem encadernado.

Importante obra miguelista (1829)

José Pinto Cardoso Beja, Exame da Constituição de D. Pedro e dos Direitos de

D. Miguel dedicado aos fiéis portugueses. Tradução do francês. Por J. P. C. B. F,

Lisboa: Na Impressão Regia. 1829, 166 páginas. Bela encadernação antiga, inteira

de pele. Ilustrado com uma gravura de D. Miguel litografada. É versão da parte

1.ª de uma obra escrita em francês, e atribuída a Antonio Ribeiro Saraiva, que se

imprimiu com o título Légitimité Portugaise

Analise às Observações do General Saldanha (1830)

Analise às Observações do General Saldanha publicadas em Paris com a data de

13 de Novembro de 1829, Londres, R. Greelaw, 1830, 104 páginas. Os autores

foram Joaquim António de Magalhães e Francisco da Gama Lobo Botelho, que

fizeram parte da Junta do Porto, em 1828, em revolta contra D. Miguel.

Comentam e contestam a posição, afirmações e acção de Saldanha naquele

episódio, Muito raro e importante para a história da revolta do Porto contra

D- Miguel e sua derrota.

Vida do 6º Duque de Cadaval (1837)

Resumida Notícia da vida de D. Nuno Caetano Alvares Pereira de Mello, sexto

duque de Cadaval, Paris, Tipografia de Casimir, 1837, 91 páginas. O autor,

anónimo, era D. Francisco Alexandre Lobo, bispo de Viseu, então no exílio em

França por ter sido um dedicado miguelista e membro do seu governo. O Duque

de Cadaval também foi um destacado apoiante de D. Miguel. Obra rara escrita

por um intelectual de grande craveira como foi D. Francisco Alexandre Lobo

História do Corpo Académico na Guerra Civil de 1832-1834

Memorias para servirem à história dos factos de patriotismo e valor praticados

pelo distinto e bravo Corpo Académico que faz parte do Exercito Libertador. Por

J.P.S. Luna, comandante que teve a honra de ser do dito distinto Corpo

Académico, Lisboa, Tipografia Lisbonense, 1837, 385 páginas. Obra fundamental

para a história do Corpo Académico e das Guerras Liberais, escrita pelo coronel

João Pedro Sores Luna, oficial irrequieto e sempre envolvido em conflitos.

Obra rara.

Defesa de Raimundo José Pinheiro (1814)

Acusação defesa e Sentença Justificativa dada em favor de Raimundo José

Pinheiro coronel e governador da Fortaleza de S. João da Foz, Londres, Impresso

por T. C. Hansard, 1814, 138. Com a transcrição de numerosos documentos.

Raríssima obra sobre as Invasões Francesas. Raimundo José Pinheiro comandava

o forte de S. João da Foz do Douro, no Porto, quando se levantou contra os

franceses em 7 de Junho; foi a primeira unidade militar portuguesa que se

revoltou contra os invasores. Por ter contrariado as ordens das autoridades

portuguesas no Porto foi preso. Sá mais tarde, a 18, a revolta acabará por triunfar.

Raimundo José Pinheiro será um destacado miguelista, com larga participação na

Guerra Civil, acabando por morrer em Espanha combatendo ao lado dos carlistas.

Muito rara.

Reserva: 30€

Considerações sobre as causas da elevação e decadência da Monarquia Portuguesa

Desde Afonso I até D. Maria II, por Inácio José de Macedo, autor do Velho Liberal

do Douro, Lisboa, Imprensa da Rua dos Fanqueiros, 1834, 142 páginas, com o

retrato do autor, Este foi um clérigo que viveu muitos anos no Brasil e, em

Portugal, aderiu ao liberalismo pelo que esteve preso durante o reinado de D.

Miguel. Nasceu no Porto em 1774 e ali morreu em 1834, ano em que publicou

este livro

Debate em torno da querela da sucessão entre D. Pedro e D. Miguel (1828)

Injusta aclamação do sereníssimo infante D. Miguel ou análise e refutação jurídica

do assento dos chamados três estados do reino de Portugal de 11 de Julho de 1828

oferecida à muito alta e poderosa Senhora D. Maria II Rainha reinante de Portugal,

pelo desembargador Antonio da Silva Lopes Rocha, advogado da Casa da Suplicação

de Lisboa, Londres, Greenlaw, 1828, 182 páginas. Obra fundamente sobre a questão

a querela da sucessão, entre D. Pedro e D. Miguel.

Impresso em papel muito encorpado.

Encadernação inteira de pele.

Obra pioneira sobre a História do Exército Português (1832)

António Joaquim de Gouveia Pinto, Memória Estatistico-Históriuco-Militar , Lisboa,

Academia Real das Ciências, 1832, 120 páginas, Muito curiosa obra em que o autor

pretende fazer uma história da evolução do exército português, desde a hoste. Uma

das primeiras, se não a primeira tentativa de historiar a evolução do exército

português. Muito raro e invulgar.

Bem encadernado.

Gravura erótica (início do século XIX)

Gravura colorida à mão, acompanhada por uma quadra em português.

Peça de colecção, muito rara.

Reserva: 25€